Por Claudia Maria
Matéria é do G1 mas muito importante nesse dia da Consciência Negra.
O
livro 'Jardim de Rosa-Palavra' será lançado em dezembro. Poemas foram tirados
do caderno de Maria da Conceição Paulo, a Pretinha, do grupo Meninas de Sinhá.
A aposentada Maria da Conceição Paulo –
ou Pretinha, como gosta de ser chamada e como é conhecida no bairro onde mora,
Alto Vera Cruz, na Região Leste de Belo Horizonte – aprendeu a ler e a
escrever com 51 anos. Antes disso, só conhecia o "ABC" de ouvir
falar. O livro dela, "Jardim de Rosa-Palavra", será lançado em
dezembro.
Muito atuante em trabalhos sociais
voltados para a terceira idade e integrante do grupo Meninas de Sinhá, Pretinha
contou que tinha um caderno de poemas e, pouco tempo depois, apareceu
gente interessada em publicar suas poesias.
Com uma vida de muita luta, a mãe de
três filhos e avó de 14 netos contou que só parou de trabalhar na roça quando
veio para Belo Horizonte, aos 12 anos de idade, órfã de pai e de mãe. Ela
nasceu na cidade de Conselheiro Lafaiete, na Região Central de Minas Gerais.
Pretinha chegou a se formar em
enfermagem, mas nunca atuou. Ela se aposentou como empregada doméstica. Trabalhava
sozinha para criar os filhos – "o pai deles não gostava da
labuta".
"A importância de um negro é a raiz da terra forte que cravou o chão plantou e colheu". Foi com trecho do poema "Raiz dos negros", que ela mesma escreveu, que Pretinha declamou ao ser perguntada sobre racismo, no mês da Consciência Negra.
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