terça-feira, 11 de maio de 2021

Uma engenharia político-eleitoral bem montada

 Rogério Lisboa tomou posse em janeiro. Nem bem finalizou o quinto mês no seu segundo mandato e já parece entrar em uma campanha para chegar ao Governo do Estado. Entusiastas nas redes sociais e até mesmo jornais de grande circulação colocam Lisboa como pré-candidato ao governo do Estado, seja como vice ou mesmo como cabeça de chapa. Uma coisa que ainda precisa de definição, afinal não está bem clara a estratégia que será usada. Mas não estou aqui para falar da candidatura de Lisboa nesse momento. Mas sim o que antecede a esse momento e, neste caso, falo do agora sinalizando o futuro.

A secretaria de Saúde hoje está no comando político do deputado federal Dr. Luizinho (PP), aliado do prefeito e cacique dentro do PP, legenda que deu abrigo ao Rogério Lisboa nas eleições passadas. Com isso, no Rio de Janeiro, o prefeito Rogério Lisboa ocupa o projeto centro do que há no "centrão" do estado. Mas se for candidato, com certeza, antes mesmo da homologação da sua candidatura o tempo que dispões será destinado às costuras eleitorais.

A nomeação do ex-secretário municipal de Saúde, Manoel Barreto, como secretário de Governo, é uma prova de que mesmo se aproximando formando "laços" mais fortes com o Luizinho, o prefeito quer deixar na administração alguém de sua confiança. Mesmo aguardando o tempo para desincompatibilizar, nos próximos dias o Manoel Barreto será figura chave no governo. Aliás, o cargo estava vago desde a saída do Cleiton Rodrigues, ele que foi o primeiro secretário municipal de Governo quando Lisboa assumiu o seu primeiro mandato.

Manoel Barreto muda de posto deixando para trás um bom serviço realizado na Saúde. Passa a ter agora mais entrada em outras áreas do governo e é pessoa de extrema confiança do prefeito. Essas condições, em caso de uma eleição suplementar, coloca Manoel Barreto em posição estratégica para representar os interesses do governo. Com essa movimentação, além de atender o aliado e deputado Dr. Luizinho (PP), o prefeito forma a sua retaguarda caso venha mesmo se desincompatibilizar do cargo e já sinaliza como irá operar, eleitoralmente, para deixar tudo preparado para uma possível candidatura. E não duvidem que se não for a do prefeito, ao menos Manoel Barreto ganha corpo caso queira ser testado nas urnas. Um engenharia política que indiscutivelmente foi bem montada.    

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