sexta-feira, 7 de maio de 2021

Palácio Tiradentes comemora 95 anos com exposição virtual

    Para celebrar os 95 anos de inauguração do Palácio Tiradentes, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) lança a exposição virtual “Meu Palácio Tiradentes”, no site da Casa, e um clipe musical que será exibido na TV Alerj. A programação será oferecida on-line, cumprindo exigências das normas sanitárias impostas pela pandemia da covid-19.
    A mostra traz os olhares de quatro fotógrafos da equipe da Subdiretoria de Comunicação Social da Alerj sobre a arquitetura e a rotina no prédio histórico. As imagens, assinadas por Júlia Passos, Rafael Wallace, Thiago Lontra e Octacílio Barbosa, podem ser acessadas pelo público através deste link.
    A TV Alerj exibirá, ao longo da programação, um clipe musical para marcar a data. 'Carinhoso', do compositor e arranjador brasileiro Pixinguinha, foi o tema escolhido para marcar a data. A gravação do vídeo contou com a interpretação dos professores de violino Raquel Ferreira e de piano Edilson Leal, da Escola de Música Villa-Lobos, e foi realizada no Salão Nobre da sede do Parlamento fluminense. Para assistir, acesse aqui.
    “Escolhemos 'Carinhoso' porque o choro foi o som que marcou o começo do período republicano. Ele faz parte da identidade do estado. A arte vai ser sempre ferramenta, não só de atração, mas de humanização e construção da sociedade", destacou o subdiretor de Cultura da Alerj, Nelson Freitas.
    O porta-voz da Escola Villa-Lobos, Pedro Soares, agradeceu o convite para a celebração.
    “Abrir as portas do Palácio para esta manifestação artística é uma maneira do poder público incentivar a cultura. Espero que, cada vez mais, essa junção entre a população, a casa do povo e a cultura aconteça, porque é uma forma de manter vivo nosso legado”, afirmou.

História do Palácio

    Inaugurado em 6 de maio de 1926, como sede da Câmara Federal, o Palácio Tiradentes guarda grande parte da memória política do Brasil. O primeiro edifício construído no local foi inaugurado em 1640, ainda no Brasil Colônia, e abrigou os três vereadores eleitos por voto indireto para um mandato de um ano, que cuidavam da cidade e das suas finanças. No andar de baixo, ficava a cadeia, local onde o alferes Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, ficou preso, durante três anos antes de ser enforcado, no dia 21 de abril de 1792. O local ficou popularmente conhecido como Cadeia Velha. O prédio foi demolido em 1922 e, em seu lugar foi edificado o atual prédio da sede do Legislativo fluminense.
    O Palácio Tiradentes representava, à época de sua inauguração, os anseios da ainda jovem República Brasileira. Desde a sua localização, no mesmo lugar da antiga Casa de Câmara e Cadeia, sede da administração colonial portuguesa, até o nome e a localização da estátua de 4,5 metros do maior entre os mitos nacionais, tudo deveria sedimentar a opinião pública em torno dos avanços republicanos.
    Todas as unidades da federação participaram da empreitada. Além das contribuições financeiras, vieram mobiliários de estados como São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo. O Rio Grande do Norte, por exemplo, contribuiu com 50 toneladas de gesso. E diversas inovações técnicas caracterizaram a obra, como o uso de argamassa com resistência equivalente a pedra e vergalhões de ferro usados pela primeira vez no país.

Sobre os fotógrafos que compõem a exposição:

    Thiago Lontra é fotógrafo profissional há mais de doze anos. Formado na Universidade Estácio de Sá, trabalhou nos jornais O Globo e Extra. É natural de Nova Friburgo e desde 2015 trabalha na Comunicação Social da Alerj. @tlontra também presta serviços de fotografia nas áreas de ensaios e eventos.
    Rafael Wallace é formado em Filosofia e Arte e atua, há mais de 15 anos, como fotógrafo profissional. Tendo sua base no fotojornalismo, tem interesse especial na fotografia de arquitetura e retratos corporativos. É também fundador da @RWBfotos, empresa de fotografia e audiovisual.
    Julia Passos é formada em Estudos de Mídia e atua como fotógrafa, há 7 anos. Iniciou sua carreira na Alerj como estagiária e hoje integra a equipe de fotografia. @juliapassos é também aluna da Academia Internacional de Cinema (AIC) e trabalha com projetos ligados à imagem da memória negra no estado.
    Octacílio Barbosa tem formação publicitária, mas encontrou no fotojornalismo uma oportunidade de traduzir em imagens sua visão humanista e pessoal da realidade. Seu trabalho @octawow traduz uma leitura do olhar de seus retratados.

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