As descobertas realizadas pela Prefeitura de Nova Iguaçu, por meio da Secretaria de Cultura, ao avançar em seu Programa de recuperação e revitalização do Patrimônio Cultural iguaçuano, não param de surpreender. Na última semana, ao iniciar a primeira etapa de restauração da antiga estação ferroviária de Tinguá, onde juntamente com as estações de Vila de Cava e Rio D’Ouro, será implantado o projeto “Estações da Cultura”, a equipe de jovens restauradores da secretaria descobriu nas paredes internas da estação, afrescos florais no estilo “art nouveau”.
Os afrescos encontrados provavelmente remontam ao período da construção do prédio, 1917, já que o estilo “art nouveau” foi muito apreciado e esteve em voga de 1890 a 1920, quando começou a perder espaço para o estilo “art deco”, mais geometrizado, e que perduraria até o final dos anos de 1930.
Apesar de mais popular na Europa, a influência do estilo “art nouveau” foi global. Dentre os artistas que utilizaram o estilo estão Hector Guimard, Emile Gallé, Gustav klint, Alfons Mucha, Rene Lalique, Antoni Gaudí e Louis Confort Tiffany. No Brasil um dos artistas que trabalhou com este estilo foi Eliseu Visconti, autor do pano de boca e o teto do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, sendo também de sua autoria as moringas que serviam os usuários dos camarotes do mesmo teatro.Visconti utilizava os fornos da Fábrica de Material de Construção de Ludolf & Ludolf, no então distrito iguaçuano de Mesquita para produzir suas peças de cerâmica.
No sábado, 28/08, o coordenador de Arte da Secretaria Municipal de Cultura, o artista plástico e restaurador Domi Junior, fará uma vistoria técnica com a equipe para avaliar o grau de perda e degradação do afresco.
A descoberta destes afrescos na antiga estação ferroviária de Tinguá, e sua consequente restauração, será mais um passo no resgate e na valorização do valioso Patrimônio Cultural de Nova Iguaçu.
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