domingo, 21 de fevereiro de 2021

Uma questão de olhar o comportamento futuro

Por Almeida dos Santos 

A atividade home office não foi praticada apenas por funcionários e servidores. Até hoje, por exemplo, o prefeito Rogério Lisboa (PP) governa a Prefeitura de Nova Iguaçu no melhor estilo home office. Todos sabem que ele atua assim e sua agenda conta com mais reuniões na fora do município que na sua sala na sede da administração. Mas isso é ruim? Não vejo problema, desde que ele passe na Prefeitura ao invés de aguardar o seu motorista levar a documentação para que assine aonde quer que se encontre.

No início da primeira gestão o moço - leia-se Lisboa - percorria os corredores e chegou a dizer que essa seria uma pratica da sua gestão. Virou "estória para boi dormir" Ele queria, à época, estar mais próximo do servidor e saber e poder sentir de perto se há satisfação ou não dos setores. Mas isso foi no início, antes da pratica do home office em razão da pandemia.

Conheço o prefeito Rogério Lisboa desde quando era vereador. Naquela época em que pertencia a um grupo de oposição, Lisboa frequentava a Casa com assiduidade. Mesmo assim o contato com assessores, em grande parte do tempo, era remoto e através de meios eletrônicos.

Essa iniciativa do prefeito de ser o "dono" da casa em que menos frequenta mostra que muitos setores da prefeitura poderiam aderir ao home office, evidentemente com uma espécie de cuidado para não afetar a prestação do serviço na repartição. Porém, a questão da documentação ser retirada do espaço público para levar para um setor privado dificulta muito, ainda que levando em conta os trâmites dos processos apontar quem deu o último recebimento na transferência, isso através do protocolo eletrônico. Documentos públicos devem estar nas repartições da Prefeitura, isso sob pena de responder a processo administrativo em caso de extravio apontado pelo próprio sistema. Mas se quiser adotar essa prática, acho até possível uma legislação municipal regulamentar esse tipo de ação.

Sobre a iniciativa de despachar fora da Prefeitura de Nova Iguaçu, como disse, não vejo a ação do prefeito ser dificultosa ao andamento dos serviços públicos. E em muitos setores e funções, salvo a questão da documentação, também não seria. O prefeito poderia, inclusive, tem no Rio e em Brasília setores que pudessem representar a Prefeitura de Nova Iguaçu em andamento aos interesses da municipalidade.

Após a pandemia, como especialistas dizem, haverá uma nova relação dos colaboradores com as suas estações de trabalho. Usei o caso do prefeito para mostrar que é possível que a Prefeitura de Nova Iguaçu adote um sistema de trabalho assim, garantindo, é claro, a qualidade do serviço e a sua produção e produtividade. O que precisa é normatizar e criar uma lei que não afronte as demais legislações e até mesmo colocar a cidade de Nova Iguaçu como um exemplo de administração prezando pela eficiência e pela responsabilização em termos previstos. Rogério Lisboa é a maior prova de que é possível trabalhar na Prefeitura sem precisar frequentar muito lá. E olha que não estou falando de "fantasmas", pois este é um outro assunto. 

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