Por Almeida dos Santos
Circula a informação de que o deputado federal Juninho do Pneu (DEM-RJ) assumirá um cargo no Governo do Estado. Mais precisamente o que dizem é que ele será secretário de Estado de Infraestrutura e Obras da gestão Cláudio Castro. Seria uma manobra para colocar na Câmara, em Brasília, Júlio Lopes (PP-RJ). É bom para Nova Iguaçu? Claro que de certa forma ter um representante na máquina estadual é importante para Nova Iguaçu. Mas, se ele poderá se licenciar para assumir este cargo, conforme circula na imprensa, a pergunta que fica é qual razão ele não assume a função de vice para o qual foi eleito em 2020?
Na Justiça o deputado alegou, para não assumir o cargo de vice, que a sua função como deputado federal seria primordial para captação de recursos em Brasília, em especial por causa da COVID-19. Agora surge esse assunto de que ele assumirá uma secretaria importante na estrutura do Estado. Teria, assim, a máquina na mão.
O que ficará estranho, caso assuma, é que o seu argumento de que iria exercer a sua função em Brasília, com o mote principal das suas alegações, estaria baseada na captação de recursos para o município. Isso dito em juízo.
Não que vejo a ida do deputado para a secretaria como algo que prejudicial ao município. Muito pelo contrário! Mas, se ele queria ficar no legislativo federal para contribuir com a cidade, segundo é o que se comenta que ele teria alegado, como então ir para o executivo, sendo que estadual? Foge da proposta inicial de estar na Câmara atuando como um articulador da cidade.
Com a saída de Juninho do Pneu da Câmara dos Deputados, ficará a Rosângela Gomes (Republicanos) como a mais experiente parlamentar de Nova Iguaçu na Câmara, em Brasília. E se o Lisboa quiser ampliar o poder de representantes da cidade lutando para o desenvolvimento do município, em harmonia, uma aproximação com Rosângela seria o ideal para criar em Nova Iguaçu uma ampla aliança que estaria fortalecida na Câmara dos Deputados em Brasília com ela e um outro deputado. No Estado estaria com Juninho na máquina estadual e, mais ainda, com o presidente da Alerj, André Ceciliano, peça chave e importante fechando assim uma representatividade jamais vista nos tempos políticos da cidade. Mas política é complicado e o ideal para cidade não passa, às vezes, pelo que idealiza os seus gestores.
Hoje, inegavelmente, André Ceciliano, que tanto luta por Nova Iguaçu e deixou isso evidente desde a gestão passada, talvez seja a peça que daria o retoque final nesse amplo "leque". Um pacto de governabilidade entre todos e eles todos pensando em uma ação conjunta, talvez seria o momento único que a cidade vive com tanta representatividade nas máquinas de executivos.
Se o mote fosse a união de todos, nesse momento que a cidade vive com os efeitos da pandemia, a amenização dos impactos diminuiria com o aumento consequente da harmonia. Mas política é uma coisa tão complicada que poderemos ver o melhor momento para garantir recursos passar por causa da própria política. E neste sentido a criação de um órgão de integração governamental, atuando para fora e para dentro, faz falta na estrutura da cidade. Às vezes a política corrói a política.
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