A comodidade é também adversária

O fato de possuir a máquina administrativa dá uma vantagem ao prefeito Rogério Lisboa, apesar de que os últimos que ocuparam a cadeira de titular do Executivo foram para o segundo turno nas suas respectivas disputas e não venceram. Falo da ex-prefeita Sheila Gama e do ex-prefeito Bornier. Essa comodidade pode ser muito favorável em termo de sentimentos, mas como disse aqui, na pratica, não foi assim para os dois antecessores.
Aprendi que fazer as mesmas coisas e esperar resultados diferentes é insist~encia no óbvio cegante. E vejo que Rogério Lisboa está com o mesmo comportamento dos dois anteriores. Retar a sua campanha e confunde a mesma com a mesma turma que está na máquina. Esse, no meu ponto de vista, foi um grande erro nas campanhas dos prefeitos derrotados anteriormente.
A máquina administrativa ajuda, em tese, o candidato que está no cargo de prefeito. Mas a comodidade de possuir a máquina nas mãos fez Sheila e Bornier relaxar nas suas pré-campanhas. E deu no que deu.
Os tempos são outros, sim. O efeito do coronavírus será uma realidade no comportamento do eleitorado. Mas se Lisboa apostar que a máquina o faz o favorito poderá incorrer no mesmo atraso de ir às ruas em busca de votos e alianças com setores importantes. A comodidade é também adversária.