sábado, 19 de setembro de 2020

WhatsApp pró-ativo

    Com pouco tempo para a realização das campanhas eleitorais, a otimização de mecanismos para se chegar ao eleitor é fundamental. Além da manutenção das páginas nas redes sociais, nesta campanha o uso do WhatsApp (aplicativo de comunicação) não ficou esquecido por pelo menos dois dos candidatos, isso por enquanto. E eles já mantêm contas ativas no aplicativo que permite a interação com o eleitor. Mas não será apenas para a conquista dos votos que eles serão utilizados.
    Com o acirramento da disputa eleitoral, o uso desses mecanismos também servirá para que simpatizantes das campanhas possam, em tempo real, dizer o que viu da campanha do opositor e, neste caso, passar a informação para  as coordenações de campanhas. E se isso não revela, ao menos indica que o monitoramento que um candidato terá do outro será quase que em tempo real, isso caso as campanhas orientem os seus simpatizantes a agirem desta maneira. Portanto, mais do que levar as propostas para os eleitores, o uso das contas no aplicativo também há de servir para o recebimento de denúncias, estas com fotos e vídeos, facilitando assim que um candidato fique na "cola" do outro e provocando os fiscais eleitorais do TRE para fiscalizarem a ação do oponente.
    Não preciso dizer aqui que isso é só um pouco do que deve acontecer. Mas há outras situações em que essas contas podem levar. É bem verdade que elas deverão ficar vinculadas em grupos comuns de debates políticos da cidade. E, neste caso, a disputa também ficará acirrada lá.
    Tanto Max Lemos (PSDB) como Rogerio Lisboa (PP) não sinalizaram para a sociedade que farão uma campanha de respeito mútuo. Ao contrário, desde o ano passado os dois se envolveram em "brigas" nas redes. Vale lembrar o encontro do prefeito Rogério Lisboa com um grupo de vereadores de Queimados e que acontecem em Duque de Caxias. Quem lembra sabe do que falo!
    Mas voltando a falar do uso desse aplicativo na campanha é bom lembrar que a fiscalização não vai ficar de fora. Não se assustem se eles se passarem por eleitores e fazerem perguntas cujas respostas poderão levar a detecção de desvio ou crime eleitoral. Tudo é possível.

 





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