Por Almeida dos Santos
No meu artigo anterior (https://noticiasobastidor.blogspot.com/2020/09/o-conservadorismo-do-voto-iguacuano.html) escrevi sobre o conservadorismo iguçuano manifesto nos votos para deputados federais em 2028. Escrevi que dos cinco deputados federais mais votados na cidade, na seguinte ordem, foram estes: Dr. Luizinho (PP) com 31.188 votos em Nova Iguaçu, seguido do deputado Juninho do Pneu (DEM) com 25.197 também com votos só na cidade. Na sequência dos cinco deputados federais mais votados ainda tem o Hélio Negão (PSL), que obteve aqui 19.045 votos, assim como a deputada federal Rosângela Gomes (Republicanos), com 13.879 votos na cidade. Em quinto lugar ficou a Flordelis (PSD), que recebeu 11.022 votos do colégio eleitoral iguaçuano. Mas se isso não basta para mostrar o conservadorismo que há no eleitorado da cidade, vamos então ver os cinco senadores mais votados em Nova Iguaçu.
Flávio Bolsonaro, eleito pelo PSL, teve nada menos que 226.662 votos nas urnas espalhadas em Nova Iguaçu. O total da votação dele no estado foi de 4.30.418. Entre os senadores que pediram votos em Nova Iguaçu ele foi o mais votado. O segundo mais votado no município foi o senador Arolde de Oliveira (PSD), que recebeu do eleitorado iguaçuano nada menos que 146.726 votos. No estado a votação de Arolde atingiu 2.382.265.
O terceiro mais votado em Nova Iguaçu para o Senado Federal foi o César Maia. Dos 2.327.634 obtidos na contabilidade geral dos seus votos, a quantidade de votos oriundos das urnas iguaçuanas foi de 89.910. Uma votação superior a do ex-prefeito Lindbergh Farias (PT).
Quem se der ao trabalho de pesquisar vai ver que Lindbergh (PT) recebeu menos votos que César Maia (DEM) em Nova Iguaçu. O ex-prefeito ficou em quarto lugar, obtendo 75.375 votos dos iguaçuanos. O total no estado foi de 1.419.676.
Assim como o PT nas eleições de 2016 não fez nenhum vereador na Câmara, o ex-prefeito da cidade, que concorreu ao Senado Federal, ficou em quarto lugar na lista dos senadores mais votados no município. Se isso não revela, ao menos indica um pouco do pensamento dos eleitores iguaçuanos em 2018. E vou além: se os deputados federais mais votados na cidade têm perfis conservadores e parte deles nem sequer têm redutos fixados em Nova Iguaçu, pode-se dizer que no caso dos senadores eles superaram os votos do Lindbergh Farias no município. Logo ele que alguns insistem em dizer que é o político que tem a maior influência nos eleitorado iguaçuano.
Se as esquerdas não repactuarem as relações pós-eleições municipais, digo que elas passarão um bom tempo no "vinagre". Querer dizer que a onda conservadora passou, levar caixotes na onda deles. As esquerdas duelam entre si e causam a abertura de espaços para que a chamada direita do voto conservador mantenha um domínio que não é de agora.
Só para lembrar essa demarcação de identidades eleitorais, a Praça Rui Barbosa, no Centro e Nova Iguaçu, chegou a ser enfeitadas com bandeiras alusivas aos candidatos da direita, mais especificamente o Jair Bolsonaro. E não é à toa que em Nova Iguaçu teve 72,48% dos votos válidos, atingindo um montante de 291.877 votos. Fernando Haddad (PT) teve nada menos que 27,52%, atingindo a quantidade de 110.820 votos. Então para deixar mais evidente o que estou escrevendo, explico que o Flávio Bolsonaro disputando com outros candidatos ao Senado teve o dobro do voto que obteve o Fernando Haddad para presidente. E repito: dobro da votação que Haddad teve disputando diretamente do Bolsonaro no segundo turno.
Vamos esperar para ver o que reservam as eleições municipais de 2020. Se esse conservadorismo acentuado mapeará a Câmara e os candidatos de direita, mesmo se não eleitos, terão expressivas votações. Mas o que posso dizer que o voto do iguaçuano, com base na eleição passada, ´conservador.
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