Hoje ela é deputada federal, mas tem uma trajetória política que reúne mais de duas décadas com mandatos. Em 2000 foi eleita vereadora pela primeira vez em Nova Iguaçu. E daí por diante não parou de acumular mandatos eletivos. Foi reeleita vereadora em 2004 e reeleita em 2008. No meio do seu terceiro mandato como vereadora, mais precisamente em 2006, concorreu ao cargo de senadora e obteve mais de 262 mil votos. Não foi eleita, mas conseguiu um número de votos expressivo e que chamou a atenção no cenário eleitoral da época.
Na continuidade da sua carreira política, em 2010 conquistou o mandato de deputada estadual. Depois veio a conquista do cargo de deputada federal em 2014 e, em seguida, no ano de 2018, renovou o seu mandato para mais quatro anos na Câmara dos Deputados, em Brasília, onde pode ficar até 2022. Mesmo assim ela não para e luta para conquistar o seu maior sonho, este que é administrar a Prefeitura de Nova Iguaçu e onde viveu na periferia. E vale lembrar que nas eleições de 2016, quando disputou como candidata a prefeita, ela obteve 38.690 votos. Esse montante representou nada menos que mais de 10% dos votos válidos. Agora em 2020, apostando no apoio do presidente Jair Bolsonaro, ela tenta chegar ao comando do Poder Executivo Municipal disputando pelo Republicanos, legenda que tem agregada uma parte de ex-militantes do PSL e que esperam a criação do partido Aliança para se filiarem. De quem falo? Falo da deputada Rosângela Gomes.
Apesar de ter tentado ser prefeita nas eleições municipais anteriores, este ano volta a submeter o seu nome nas urnas, agora pelo partido Republicanos, que antes se denominava PRB (Partido da Republicano Brasileiro). Só que o Republicanos de hoje é uma espécie de legenda que agregou parte do Aliança, partido esse que seria criado pelo presidente da Jair Bolsonaro para sair fortalecido nas eleições municipais deste ano e servir de palanque para a disputa à reeleição em 2022. Hoje a união entre o Aliança e o Republicanos, através das conversas do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) e do presidente estadual do Republicanos, Luiz Carlos Gomes da Silva, uma frente foi construída e está em 40 cidades fluminense, em destaque a Capital, Nova Iguaçu e São João de Meriti.
Em entrevista concedida ao “Notícias o Bastidor”, Rosângela Gomes, que estava ladeada do candidato a vice na chapa, um estreante na política eleitoral, Thiago Rachid, a deputada disse que essa fusão das legendas não muda os ideiais dos partidos: “O Aliança e o Republicano têm os mesmos princípios. O presidente do Republicanos conversou com o Flávio – disse se referindo ao senador Flávio Bolsonaro – e chegamos a esse entendimento”, explicou sobre a fusão das legendas em que permitiu a unificação de parte dos dissidentes do PSL que formaram o Aliança que está, por hora, atrelado ao Republicanos.
Mulher, negra e vinda da periferia de Nova Iguaçu, Rosângela Gomes tem um olhar voltado para os bairros que ficam no entorno e afastados do Centro e políticas voltadas para a área da promoção social. E não foi à toa no início da gestão do prefeito Rogério Lisboa, Rosângela Gomes tinha uma ascendência política sobre a secretaria de Assistência Social, ocasião em que indicou o Pastor Alexandre, um dos seus aliados, para o cargo. Mas ele não ficou três meses na pasta.
Na conversa com o Blog a deputada explicou que no segundo turno das eleições municipais de 2016 ela não tomaria partido. Ou seja: iria se manter isenta e sem declarar voto para nenhum dos dois candidatos que foram para o segundo turno, que são eles o atual prefeito Rogério Lisboa e o ex-prefeito Nelson Bornier. Porém, ao ser procurada pelo então candidato e hoje prefeito Rogério Lisboa, ela ajudou na expectativa que gestão de Lisboa e que ela pudesse contribuir nas áreas de Obras e Assistência Social. De pronto Lisboa viu que a parceria poderia garantir a ele a vitória e fez a aliança eleitoral no segundo turno em que saiu vencedor,
De acordo com Rosângela Gomes, a participação na área de Obras e Ação Social visava o interesse de ajudar no futuro governo com ações destinadas ao então 3º Distrito de Nova Iguaçu, região da cidade que apesar de índices de desenvolvimento social precário, deveria contar com mais investimentos em infraestrutura e trabalhos sociais para alavancar o crescimento de uma região promissora para Nova Iguaçu e, assim, melhorar a qualidade de vida na região.
Durante essa primeira gestão do prefeito Rogério Lisboa, mesmo distanciada politicamente do prefeito, Rosângela não se afastou em contribuir com a captação de recursos para ajudar o município, em especial na área da Saúde. Com o seu mandato em Brasília, ainda na gestão do ministro da Saúde Henrique Mandetta, Rosângela conseguiu aportes financeiros para o Hospital da Posse. E não foi só em Brasília. Recentemente, com o apoio do aliado Marcelo Crivella, prefeito do Rio de Janeiro, ela conseguiu respiradores, monitores e carrinhos para ajudar na estrutura do maior hospital público da Baixada Fluminense para enfrentar o alto índice de internações causadas pela epidemia do coronavírus. E não foi à toa que ela se tornou uma das pessoas mais próxima do hospital mantendo uma boa relação institucional com o diretor-geral da unidade, o médico Joé Sestello.
Hoje candidata a prefeita de Nova Iguaçu, Rosângela Gomes, sinaliza que no seu governo o planejamento estará muito voltado para áreas como a promoção da social e da mulher, o combate ao racismo, a melhora na estrutura hospitalar do município e no investimento em políticas para a geração de renda e investimentos em obras para elevar os indicadores sociais do município.
Foto: Erick Bello
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