quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Centro de Nova Iguaçu registra 31,69% dos casos da COVID-19

Por Almeida dos Santos

     Com o comércio aberto e as pessoas circulando livre e normalmente pelas ruas do Centro cidade, algumas até mesmo sem máscaras, a impressão da imagem que se tem é a de que Nova Iguaçu parece ter superado os casos de COVID-19 e voltou à normalidade. Só que não é bem assim o que os números revelam. Com base no Painel de Monitoramento disponibilizado no site da Prefeitura de Nova Iguaçu, somente no mês de agosto foram registrados 44 óbitos cujo total acumulado até o dia 31 de agosto era de 522 óbitos. Ou seja: No primeiro dia de agosto registrava-se 478 óbitos e até o dia 2 de setembro esse número subiu para 522. Como isso, em um mês, foram 44 óbitos. As medidas restritivas parecem que perderam forças, assim como as barreiras com a medição da temperatura foram retiradas. 
     Quem se der ao trabalho de verificar a linha de evolução da doença no Painel de Monitoramento no site da Prefeitura de Nova Iguaçu vai descobrir que o Centro, local que aglomera pessoas, é a região que mais concentra casos registrados de COVID-19. O número de casos registrados no Centro de Nova Iguaçu, de acordo com o próprio mapa da Prefeitura, é de 1.796 casos. Isso quer dizer que do total de casos registrados até a manhã do dia 2 de setembro (hoje), que era de 5.673, o Centro possuía 1.796, representando nada menos que quase um terço do total de registros na cidade. Nesse caso, o Centro ficou responsável 31,69% do total de casos. 
    Apesar dos números estarem disponibilizados para acesso público esse assunto é pouco debatido. Não se vê com muita clareza os boletins diários da mancha da doença na cidade. Sabe-se que o secretário municipal de Saúde, Manoel Barreto, vem se dedicando sobremaneira na busca por de fazer a cidade continuar preparada para atender a população no que diz respeito a estratégia da saúde. Mas as medidas restritivas são de competência exclusiva do prefeito Rogério Lisboa, e é ele quem decide pelas ações governamentais. Vale lembrar que esse ano haverá eleições e o tema COVID-19 deverá ser um dos pontos fortes nos debates dos candidatos.

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