quarta-feira, 30 de setembro de 2020

Alerj realizou sessão solene em memória do deputado João Peixoto

         Foto: Octacílio Barbosa 

    A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) realizou, nesta quarta-feira (30/09), uma sessão solene em memória do deputado João Peixoto (DC), que morreu em decorrência da covid-19. O presidente da Casa, deputado André Ceciliano (PT), pediu um minuto de silêncio, durante a cerimônia, e decretou luto oficial por três dias, com as bandeiras a meio mastro. O parlamentar tinha 75 anos e estava internado, desde o dia 27 de agosto, no Hospital Dr. Bêda, em Campos dos Goytacazes, Norte Fluminense, sua cidade natal.
     João Peixoto exercia o sexto mandato na Alerj, era líder do partido Democracia Cristã e presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária e Políticas Rural, Agrária e Pesqueira da Alerj. O presidente do Parlamento fluminense lamentou a morte de um dos deputados mais antigos da Casa, de quem falou com carinho e respeito.
     "É triste constatar a perda de mais um amigo, que deu uma grande contribuição à política do nosso estado, partindo desta maneira. Quero desejar minhas condolências à família e aos amigos. Joãozinho fará muita falta nessa Casa, não só entre os deputados, mas entre todos os assessores e servidores”, declarou o presidente André Ceciliano (PT).
     Casado e pai de três filhos, Peixoto também foi vereador de Campos na década de 1990 e ficou conhecido por ser autor da lei que levou o abastecimento por GNV para o Norte Fluminense."João era incansável na defesa do nosso Norte Fluminense. Unindo esforço para melhorar a situação da população. O dia de hoje é de muita tristeza. Podem ter certeza que nós iremos nos unir para fazer o melhor para o Norte e Noroeste Fluminense pelo João. Viva João Peixoto. Viva a simplicidade que ele nos ensinou", declarou o deputado Chico Machado (PSD), natural de Macaé.
Companheiro de partido, o deputado Marcelo Cabeleireiro (DC) destacou o companheirismo do parlamentar. “Estou aqui há pouco tempo e eu aprendi muito com o João Peixoto. Era uma pessoa simples, que acreditou em mim apesar do pouco tempo que tivemos de amizade. Ao longo desse tempo, ele sempre dizia que as nossas ideias teriam dois votos garantidos: o meu e o dele", comentou o parlamentar.
     A deputada Mônica Francisco (PSol) destacou a carinhosa personalidade do deputado e ele está entre as mais de 18 mil vítimas da covid-19 no estado. Peixoto foi o segundo deputado da Alerj a ser vítima do coronavírus. No dia 19 de maio, Gil Vianna, do PSL, também morreu por complicações da doença.
     “João Peixoto sempre foi muito respeitoso e empático, esteve além de ideologia e partido. Sempre teve muito cuidado com o outro e com o uso da máscara, uma demonstração de empatia. A perda de pessoas tão próximas serve de alerta para todos. Já foram mais de 18 mil vidas perdidas no estado e algumas pessoas ainda resolveram cancelar a pandemia", disse.
     Diversos parlamentares de todas as correntes partidárias prestaram homenagem a João Peixoto. “Joãozinho era um homem simples, de fala simples, mas com uma capacidade de fazer política do bem como poucos. Todos os dias, desde que tivemos a oportunidade de conviver diariamente, ele estava muito presente nas decisões do parlamento, para conversar sobre política, defender suas pautas ou até mesmo beber um cafezinho antes das votações”, disse o deputado Márcio Pacheco (PSC), líder do governo.
    O governador em exercício, Cláudio Castro, também enviou condolências. “Recebi com pesar a notícia do falecimento do deputado estadual João Peixoto, decano do parlamento e figura importante na construção de um estado mais integrado. João entrou para a história da política do Rio promovendo e lutando por avanços da população, sobretudo da região de Campos dos Goytacazes. Presto minha solidariedade aos familiares e amigos”, declarou, em nota, Castro.

Deputado João Peixoto morre vítima de complicações com a COVID-19

 


A Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) comunica a morte do deputado João Peixoto (DC), em decorrência da covid-19, nesta quarta-feira (30/09). Peixoto, que tinha 75 anos, estava internado no Hospital Dr. Bêda desde o dia 27 de agosto, em Campos dos Goytacazes, sua cidade natal. A Casa fará uma sessão solene em homenagem ao parlamentar, nesta quarta, às 15h. O presidente da Alerj, deputado André Ceciliano (PT), decretou luto oficial por três dias, com as bandeiras a meio mastro.
João Peixoto exercia seu sexto mandato na Alerj. Líder do Democracia Cristã na Casa, também foi vereador em Campos, na década de 1990. Casado e pai de três filhos, Peixoto ficou conhecido por ser autor da lei que levou o abastecimento por GNV para o Norte Fluminense.
Ceciliano lamentou a morte do companheiro de plenário e apresentou suas condolências à família. "É triste constatar a perda de mais um amigo, que deu uma grande contribuição à política do nosso estado, partindo dessa maneira", afirmou. Em função do falecimento do deputado, em seu lugar assume o suplente Eurico Júnior (PV). Júnior foi deputado federal, vereador e prefeito.

terça-feira, 29 de setembro de 2020

Cultura em foco

 

 Ontem (28) A Secretaria de  Cultura e o Instituto de Arqueologia Brasileira (IAB) recepcionaram o superintendente regional do IPHAN, Olav Schrader e sua equipe em visita à exposição "A Cultura Tupi nas Terras do Guaguassu", na Casa de Cultura Ney Alberto. Apesar de tudo a Cultura continua respirando em Nova Iguaçu.

PROJETO GARANTE MAIOR TRANSPARÊNCIA NAS CONTAS DE ÁGUA

 As empresas prestadoras de serviço de abastecimento de água podem ser obrigadas a informar, nas faturas de cobrança, a sequência numérica do hidrômetro antes de aferição do consumo mensal. A determinação é do projeto de lei 1.370/16, do deputado Thiago Pampolha (PDT), que a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) votará em segunda discussão nesta quarta-feira (30/09).

Pampolha explica que atualmente a aferição do consumo de água é feita através do hidrômetro, que tem uma sequência numérica que registra o consumo acumulado em metros cúbicos. “Assim, para se chegar à quantidade de água consumida em determinado mês, o prestador do serviço realiza a cada mês a leitura da ordem sequencial registrada no hidrômetro, de modo que a diferença entre o número sequencial do mês atual em relação ao mês anterior corresponde à quantidade de metros cúbicos de água consumidos durante o mês em questão”, explicou o parlamentar. Em caso de descumprimento, as empresas poderão sofrer sanções previstas pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC).

ALERJ ELEGE CINCO DEPUTADOS PARA TRIBUNAL MISTO QUE JULGARÁ IMPEACHMENT DE WITZEL

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) elegeu, nesta terça-feira (29/09), os cinco deputados estaduais para compor o tribunal misto de julgamento que avaliará o impeachment do governador afastado Wilson Witzel. Foram eleitos Alexandre Freitas (Novo), com 55 votos; Chico Machado (PSD), com 54 votos; Waldeck Carneiro (PT), com 51 votos; Dani Monteiro (PSol), com 37 votos e Carlos Macedo (REP), com 34 votos. Os parlamentares eleitos formarão o colegiado junto com outros cinco desembargadores que foram sorteados na segunda-feira (28/09) pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ).

O deputado Anderson Moraes (PSL) também recebeu 34 votos, mas o eleito foi Carlos Macedo pelo critério de desempate, que considera o vencedor o parlamentar mais velho. O resultado da votação será comunicado ainda nesta terça-feira ao TJRJ e a instalação do Tribunal Misto deverá acontecer na próxima sexta-feira (02/10). Ao todo, nove deputados concorreram às cinco vagas e 67 parlamentares votaram. A votação foi nominal e cada um dos deputados teve que escolher cinco nomes diferentes entre os candidatos ou se abster da votação.

Mais votado, o deputado Alexandre Freitas declarou que esta é uma triste história para o Estado do Rio. “Nos vemos obrigados a julgar um governador, que se elegeu com discurso de nova política e de probidade, justamente por crime de responsabilidade, oriundo de irregularidades cometidas em meio à pandemia. É uma missão triste, porém necessária. Será uma honra representar a Alerj e o cidadão fluminense no tribunal misto”, disse Freitas, que agradeceu aos colegas por o elegerem.

O segundo mais votado, deputado Chico Machado, também foi o presidente da Comissão Especial da Alerj que acompanhou o processo de impeachment de Witzel. “Fizemos todo o processo respeitando os trâmites legais e os entendimentos do Supremo Tribunal Federal (STF). Vou colaborar com o tribunal misto com muita responsabilidade e sempre respeitando o direito à ampla defesa do governador afastado”, ressaltou.

Única parlamentar mulher eleita para compor o tribunal, Dani Monteiro afirmou que seu compromisso será com a população mais pobre e vulnerável do estado. “Eu sou a única representante mulher e negra da Alerj nesse tribunal. Me sinto muito preparada para cumprir essa tarefa e tenho certeza que vou representar bem o campo da oposição ao governo, mas antes disso vou representar a Alerj, garantindo sempre um processo que respeite o direito ao voto popular que foi conferido ao governador. Após esse processo, a expectativa é que a democracia e as instituições saiam fortalecidas e não enfraquecidas em disputas internas entre os poderes. Essa é minha missão nesse tribunal”, declarou a parlamentar.

Composição do tribunal

Além dos cinco deputados eleitos nesta terça-feira, o TJRJ já havia definido, por meio de sorteio, os cinco desembargadores que farão parte do tribunal. São eles: Teresa de Andrade Castro Neves, José Carlos Maldonado de Carvalho, Maria da Glória Bandeira de Mello, Fernando Foch de Lemos Arigony da Silva e Inês da Trindade Chaves de Melo. O Tribunal Misto definirá os próximos rumos do processo de impeachment de Witzel, como o afastamento por 180 dias do cargo e a própria perda de mandato por crime de responsabilidade. O colegiado será presidido pelo presidente do TJRJ, desembargador Cláudio Mello de Tavares.

Entenda o processo

O processo contra Witzel é baseado em supostos desvios financeiros na área da Saúde durante a pandemia de coronavírus, sobretudo a requalificação da Organização Social de Saúde (OSs) Unir Saúde e as irregularidades na construção de hospitais de campanha junto ao Instituto Iabas. Investigações do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal (PF) apontam que as duas OSs são controladas pelo empresário Mário Peixoto e que o mesmo também teria feito depósitos de R$ 500 mil, através do pagamento de honorários, à primeira-dama Helena Alves Brandão Witzel. Segundo as investigações, os depósitos foram feitos pela empresa DPAD Serviços Diagnósticos LTDA, controlada por Peixoto. Witzel nega as acusações. No entanto, a Alerj aprovou por unanimidade – foram 69 votos favoráveis - o prosseguimento do processo de impeachment na última quarta-feira (23/09). Witzel também está afastado cautelarmente do cargo por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), desde o dia 28 de agosto.

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Nova Iguaçu tem 27 diretórios partidários

Hoje são 27 diretórios partidários registrados em Nova Iguaçu. Eles representam duas vezes e meia o número vereadores na Câmara Municipal para a próxima legislatura, que serão 11. Publico, abaixo, os partidos e os seus respectivos números. Vejamos:

Republicanos - o número da legenda é 10

Progressistas (PP) - o número da legenda é 11

Partido Democrático Trabalhista (PDT)  - o número da legenda é 12

Partido dos Trabalhadores (PT) - o número da legenda é 13

Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) - o número da legenda é 14

Movimento Democrático Brasileiro (MDB) - o número da legenda é 15

Partido Social Libral (PSL) - o número da legenda é 17

Rede Sustentabilidade (Rede) - o número da legenda é 18

Podemos (Pode) - o número da legenda é 19

Partido Social Cristão (PSC) - o número da legenda é 20

Partido Liberal (PL) - o número da legenda é 22

Cidadania (Cidadania) - o número da legenda é 23

Democratas (DEM) - o número da legenda é 25

Democracia Cristã (DC) - o número da legenda é 27

Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PTB) - o número da legenda é 28

Partido d Mobilização Nacional (PMN) - o número da legenda é 33

Partido da Mulher Brasileira (PMB) - o número da legenda é 35

Partido Trabalhista Cristão (PTC) - o número da legenda é 36

Partido Socialista Brasileiro (PSB) - o número da legenda é 40

Partido Verde (PV) - o número da legenda é 43

Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) - o número da legenda é 45

Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) - o número da legenda é 50

Patriota (PATRI) - o número da legenda é 51

Partido Social Democrático (PSD) - o número da legenda é 55

Partido Comunista do Brasil (PCdoB) - o número da legenda é 65

AVANTE (AVANTE) - o número da legenda é 70

SOLIDARIEDADE (Solidariedade) - o número da legenda é 77

Partido Republicano da Ordem Social (PROS) - o número da legenda é 90

Fonte: Tribunal Superior Eleitoral (TSE





Rosangela Gomes da início a sua campanha à prefeita de Nova Iguaçu

Neste domingo (27), a deputada federal Rosangela Gomes deu início a sua campanha como candidata a prefeita de Nova Iguaçu pelo Republicanos 10. Acompanhada dos candidatos a vereador Márcio Vidraceiro, Jonathan Fernandes, Amigo Neinha, Tia Karina, pastor Célio e Monica Garcia, Rosangela iniciou sua corrida eleitoral com uma caminhada no bairro Vila de Cava, onde foi recebida com muito carinho pelos moradores e pôde ouvir as principais demandas da região.
Rosangela, que está no seu segundo mandato consecutivo como deputada federal, já foi vereadora em Nova Iguaçu por três vezes, além de deputada estadual pelo Rio acredita que possui bagagem e experiência suficiente para chefiar o executivo de Nova Iguaçu, segunda maior cidade da Baixada, que possui cerca de 1 milhão de habitantes.
"Acredito que, nesses mais de 20 anos de vida pública, adquirimos a maturidade e experiência necessária para administrar de forma responsável a Prefeitura da nossa querida Nova Iguaçu, cidade onde nasci, cresci e vivo até hoje", declarou Rosangela Gomes.
"Como parlamentar, conseguimos destinar inúmeros recursos para Nova Iguaçu, ajudando, principalmente o Hospital da Posse, mas sabemos que ainda há muito a ser feito e cremos que através de uma gestão consciente é possível melhorar e muito a vida da população desse município pelo qual tenho muito carinho especial", afirmou.
"Precisamos acreditar que há solução para Nova Iguaçu e a solução está em nossas mãos! Dia 15 de novembro, para prefeita de Nova Iguaçu, vote 10, Rosangela Gomes é 10! Que Deus nos abençoe!", finalizou.

Foto e texto: Assessoria de Imprena

Max Lemos busca fé e proteção no seu primeiro dia de campanha

 

    O candidato a prefeito de Nova Iguaçu, Max Lemos (PSDB) iniciou o seu primeiro dia de campanha movido pela fé. Acordou cedinho e foi à Igreja Batista Nova Filadélfia, em companhia da esposa Ana Paula, no Bairro Jardim Paraíso, ouvir as pregações do pastor Ailton Siqueira, amigo e intercessor. “Colocamos nossa caminhada sob a proteção de Deus, rogando sabedoria para tomar decisões e força para enfrentar as adversidades. Com Deus na frente, tudo dará certo”, disse.
Max Lemos traz na bagagem uma vasta experiência em política. Já foi vereador e presidente da Câmara de Queimados e ainda prefeito por dois mandatos naquela cidade. Em sua segunda gestão elegeu-se com 93% dos votos, sendo o mais votado em toda a Baixada Fluminense. Seu jeito empreendedor de governar, deixando o município atrativo, fez ganhar destaque. Eleito deputado estadual, não fez diferente: figurou entre os mais atuantes com 100% de frequência. Para o candidato, Nova Iguaçu pode avançar mais. “A cidade é extraordinária, cheia de potencial e valores. Não pode continuar nessa inércia, estagnada. Tem que ser governada por alguém que goste de trabalhar e isso é o que me move”, assegura o candidato peessedebista.
Governo Participativo
     Pela primeira vez em Nova Iguaçu um candidato abriu a elaboração de seu plano de governo à participação popular. Durante nove dias Max Lemos discutiu propostas para administrar a cidade com representantes de vários segmentos sociais da cidade. Os encontros aconteceram no Centro Social São Vicente (Patronato), abordando temas como: Educação, Saúde, – Saneamento, Meio Ambiente, Agricultura, Habitação, Assistência Social/Promoção da Cidadania, Segurança Pública, Cultura, Turismo, Esporte, Lazer e Gestão Pública .
   Seguindo normas do Ministério da Saúde, as reuniões aconteceram com restrições de público. Entretanto, através de plataforma virtual, foi possível participar e opinar nos canais disponibilizados na internet. “A idéia foi democratizar o acesso da população na administração pública. O povo tem que ter o direito de dizer o que é melhor”, afirma Max Lemos, que continuou seu primeiro dia de campanha, se reunindo com assessores e lideranças partidárias, discutindo sobre a minuta de protocolos sanitários (Governo Estadual e TRE) a serem seguidos na campanha.

Foto e texto: Assessoria de Imprensa

Setembro Azul: Comissões da ALERJ debatem cidadania e acessibilidade de surdos

Pôr em prática as leis de acessibilidade que já existem seria um grande feito para a inclusão de surdos na sociedade. A conclusão de que falta fiscalização para exigir que regras como o uso de informações na Língua Brasileira de Sinais (Libras) sejam cumpridas surgiu no debate: “Setembro Azul: Identidade, Acessibilidade e Cidadania da Comunidade Surda”. O encontro virtual foi realizado, nesta segunda-feira (28/09) pelas comissões da Pessoa com Deficiência Física e de Assuntos da Criança, do Adolescente e do Idoso, da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Na abertura, foi exibido um vídeo do Hino Nacional interpretado em Libras. 

“Não é mais desculpa dizer que não há regulamentação. O Ministério do Trabalho já fez isso. Temos tudo para promover a acessibilidade”, disse o presidente da Associação de Tradutores, Intérpretes e Guia-Intérpretes de Línguas de Sinais do Estado do Rio de Janeiro (Agite-RJ), Lenildo Souza.

Fonte: Assessoria de Imprensa da ALERJ

Patrimônios dos candidatos à Prefeitura

Aqui estão algumas informações prestadas pelos candidatos a prefeito sobre as respectivas listas de bens entregues à Justiça Eleitoral. A comparação delas (montantes) mostra uma espécie de desproporcionalidade que faz parecer que uma professora tenha um patrimônio maior que o do prefeito em exercício. Na próxima postagem apresentaremos os patrimônios dos candidatos a vice. Mas o que dá para perceber, no caso dos candidatos à Prefeitura de Nova Iguaçu, é que por exemplo, a Professora Leci (PSOL) declarou a aquisição de um imóvel financiado em 36 vezes no valor de R$ 190 mil. Já o prefeito Rogério Lisboa declarou possuir bens no montante R$ 15.776,98. Vejamos, então, os montantes declarados e que aparecem nas listas de bens

Berriel (PT) disse possuir um total de bens na ordem de R$ 251.654,30.

Delegado Carlos Augusto declarou (PSD) declarou ter um patrimônio avaliado de R$ 863.232,48

Dr. Letinho (PSC) informou que possui um patrimônio de R$ 530.072,87

Luiz Novaes (PSB) informou à Justiça Eleitoral possuir um patrimônio de R$ 2.154.275,63

Marcelo Lajes (PRTB) declarou que o seu patrimônio é de R$ 85.239,85

Max Lemos (PSDB) informou que possui um patrimônio R$ 909.810,69

Professora Leci (PSOL) disse possuir uma apartamento financiado em 36 vezes no valor total de R$ 190 mil

Robson Paz (REDE) aparece com nenhum bem cadastrado.

Rogério Lisboa (PP) aparece com um patrimônio de R$ 15.776,98

Rosângela Gomes (Republicanos) com um patrimônio de R$ 78.390,88

domingo, 27 de setembro de 2020

Sobre os planos de Governo

 Durante essa semana pretendo apresentar os planos de governos dos candidatos. Assim cada leitor poderá ter uma noção da visão que cada candidato possui de Nova Iguaçu e o que eles propõem para mudar. 

Interessante

No Programa de Governo do candidato a prefeito Delegado Carlos Augusto (PSD) existem 12 metas para as ações governamentais, caso eleito, no que se refere à Segurança e Ordem Pública. Para a Ação Social as metas são só 5, para a Cultura são só 6 e para Educação só 6.  É, né!

sábado, 26 de setembro de 2020

Candidato quer Quartel General em Nova Iguaçu

Tendo como vice o Igor Porto na chapa que vai disputar Prefeitura de Nova Iguaçu, o Delegado Carlo Augusto (PSD), candidato a prefeito, parece que incorporou mesmo o papel de "chefe da guarda". Ele, que era aliado do prefeito Rogério Lisboa (PP) mas resolveu romper as relações políticas mesmo quando indicou Porto para ser o secretário municipal de Segurança, se eleito, diz que vai criar um Quartel General municipal. Isso mesmo! No Plano de Governo 2020 entregue à Justiça Eleitoral, o Delegado Carlos Augusto propõe criar o Quartel General da Guarda Municipal de Nova Iguaçu. Então tá, né!   

Nomes de candidatos a prefeito(a) já estão no TSE

Por Almeida dos Santos

Nessas eleições a cidade de Nova Iguaçu conta com 10 candidatos. Os pedidos dos registros já aprecem no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os nomes das candidaturas são esses: Berriel (PT), Delegado Carlos Augusto (PSD), Dr. Letinho (PSC), Luiz Novaes (PSB), Marcelo Lajes (PRTB), Max Lemos (PSDB). Professora Leci (PSOL), Robson Paz (REDE). Rogério Lisboa  (PP) e Rosângela Gomes (Republicanos).

A partir de hoje traremos mais informações sobre o que esses candidatos (as) apresentaram ao TSE, como, por exemplo, o patrimônio deles e os seus respectivos planos de governo. Fiquem atento no blog Notícias o Bastidor para saberem um pouco mais sobre eles.   



sexta-feira, 25 de setembro de 2020

O conservadorismo do voto iguaçuano 2

Por Almeida dos Santos 
 
    No meu artigo anterior (https://noticiasobastidor.blogspot.com/2020/09/o-conservadorismo-do-voto-iguacuano.html) escrevi sobre o conservadorismo iguçuano manifesto nos votos para deputados federais em 2028. Escrevi que dos cinco deputados federais mais votados na cidade, na seguinte ordem, foram estes: Dr. Luizinho (PP) com 31.188 votos em Nova Iguaçu, seguido do deputado Juninho do Pneu (DEM) com 25.197 também com votos só na cidade. Na sequência dos cinco deputados federais mais votados ainda tem o Hélio Negão (PSL), que obteve aqui 19.045 votos, assim como a deputada federal Rosângela Gomes (Republicanos), com 13.879 votos na cidade. Em quinto lugar ficou a Flordelis (PSD), que recebeu 11.022 votos do colégio eleitoral iguaçuano. Mas se isso não basta para mostrar o conservadorismo que há no eleitorado da cidade, vamos então ver os cinco senadores mais votados em Nova Iguaçu.
    Flávio Bolsonaro, eleito pelo PSL, teve nada menos que 226.662 votos nas urnas espalhadas em Nova Iguaçu. O total da votação dele no estado foi de 4.30.418. Entre os senadores que pediram votos em Nova Iguaçu ele foi o mais votado. O segundo mais votado no município foi o senador Arolde de Oliveira (PSD), que recebeu do eleitorado iguaçuano nada menos que 146.726 votos. No estado a votação de Arolde atingiu 2.382.265. 
    O terceiro mais votado em Nova Iguaçu para o Senado Federal foi o César Maia. Dos 2.327.634 obtidos na contabilidade geral dos seus votos, a quantidade de votos oriundos das urnas iguaçuanas foi de 89.910. Uma votação superior a do ex-prefeito Lindbergh Farias (PT).
    Quem se der ao trabalho de pesquisar vai ver que Lindbergh (PT) recebeu menos votos que César Maia (DEM) em Nova Iguaçu. O ex-prefeito ficou em quarto lugar, obtendo 75.375 votos dos iguaçuanos. O total no estado foi de 1.419.676.
    Assim como o PT nas eleições de 2016 não fez nenhum vereador na Câmara, o ex-prefeito da cidade, que concorreu ao Senado Federal, ficou em quarto lugar na lista dos senadores mais votados no município. Se isso não revela, ao menos indica um pouco do pensamento dos eleitores iguaçuanos em 2018. E vou além: se os deputados federais mais votados na cidade têm perfis conservadores e parte deles nem sequer têm redutos fixados em Nova Iguaçu, pode-se dizer que no caso dos senadores eles superaram os votos do Lindbergh Farias no município. Logo ele que alguns insistem em dizer que é o político que tem a maior influência nos eleitorado iguaçuano. 
    Se as esquerdas não repactuarem as relações pós-eleições municipais, digo que elas passarão um bom tempo no "vinagre". Querer dizer que a onda conservadora passou, levar caixotes na onda deles. As esquerdas duelam entre si e causam a abertura de espaços para que a chamada direita do voto conservador mantenha um domínio que não é de agora.
    Só para lembrar essa demarcação de identidades eleitorais, a Praça Rui Barbosa, no Centro e Nova Iguaçu, chegou a ser enfeitadas com bandeiras alusivas aos candidatos da direita, mais especificamente o Jair Bolsonaro. E não é à toa que em Nova Iguaçu teve 72,48% dos votos válidos, atingindo um montante de 291.877 votos. Fernando Haddad (PT) teve nada menos que 27,52%, atingindo a quantidade de 110.820 votos. Então para deixar mais evidente o que estou escrevendo, explico que o Flávio Bolsonaro disputando com outros candidatos ao Senado teve o dobro do voto que obteve o Fernando Haddad para presidente.  E repito: dobro da votação que Haddad teve disputando diretamente do Bolsonaro no segundo turno.
    Vamos esperar para ver o que reservam as eleições municipais de 2020. Se esse conservadorismo acentuado mapeará a Câmara e os candidatos de direita, mesmo se não eleitos, terão expressivas votações. Mas o que posso dizer que o voto do iguaçuano, com base na eleição passada, ´conservador. 

Fique por dentro sobre o HGNI

 A assessoria de Imprensa da Prefeitura de Nova Iguaçu alerta:

  "Não é verdadeira a informação que circula nas redes sociais que o Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI) está procurando voluntários para participar do estudo teste da vacina contra o novo coronavírus. Além de seguir recebendo e tratando os pacientes com a Covid-19, o HGNI manifestou o interesse aos grandes laboratórios para participar dos projetos de pesquisa das vacinas que estão acontecendo em todo o mundo. Esse é um tema que precisa ser tratado conforme a legislação brasileira define, com sigilo e divulgação definida pelos meios de controle do país. 
    O HGNI entende que este momento de pandemia delicado para a população e vem trabalhando duro para participar das pesquisas em busca de uma vacina. Divulgações inapropriadas como esta, porém, podem prejudicar o andamento deste processo. Assim que houver um acordo de parceria, o hospital fará as divulgações através dos seus canais de mídia oficiais.

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

O conservadorismo do voto iguaçuano

Por Almeida dos Santos

Será que os leitores sabem quais foram os cinco deputados federais mais votados em Nova Iguaçu nas eleições de 2018? Se não sabem, então o blog esclarece. Nova Iguaçu viu uma avalanche de candidatos de fora que pediram votos no município, mas olhando melhor é que a situação assusta. Dos cinco deputados federais eleitos e que tiveram mais votos na cidade, a deputada Flordelis foi a quinta mais votada dos que possuem mandatos. O primeiro mais votado para deputado federal em Nova Iguaçu foi o Drº Luizinho, do PP, com 31.188 votos dos iguaçuanos. Ele foi eleito com 103.745 total no estado. Depois dele veio o deputado federal Juninho do Pneu (DEM), com 25.197 em Nova Iguaçu, mas teve um total de votos geral de 45.087, o que revela que muitos votos foram de fora. Em seguida o bolsonarita Hélio Negão (PSL), ele que foi o mais votado no Rio de Janeiro com 345.234 votos no geral, na cidade obteve apenas 19.045 votos, mas aparece em terceiro lugar entre os candidatos a federal eleitos no município. Isso mesmo! Para o montante de votos que teve, os 19,045 pode ser considerado uma pequena fração, mas chama a atenção. Em quarto lugar está deputada federal Rosângela Gomes (republicanos) com 13.869 votos em Nova Iguaçu, isso do total de 63.962 votos conquistados no estado. Mas a cereja do bolo é a deputada Flordelis, ela que foi eleita com 196.959, desse montante ela obteve em Nova Iguaçu nada menos que 11.033 votos.
Observem que essa votação deixa clara a ausência de nomes da esquerda contestadora. Nenhum dos cinco deputados federais mais votados em Nova Iguaçu flertam ou têm origem nos campos da esquerda. Se isso não revela, ao menos indica um conservadorismo do voto iguaçuano. 

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

ALERJ APROVA PROSSEGUIMENTO DE IMPEACHMENT DE WITZEL POR UNANIMIDADE

A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou, por unanimidade - 69 votos favoráveis -, nesta quarta-feira (23/09), o projeto de resolução 433/20, que autoriza o prosseguimento do processo de impeachment do governador Wilson Witzel. Esta foi a primeira sessão de impeachment na história do Legislativo fluminense. A denúncia de crime de responsabilidade, baseada em supostos desvios financeiros na área da Saúde, será encaminhada ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio (TJRJ), que formará um tribunal misto de julgamento - composto por cinco deputados e cinco desembargadores - e definirá os ritos finais do processo com base na Lei Federal 1.079/50.

A resolução será promulgada pelo presidente da Alerj, deputado André Ceciliano (PT), e publicada no Diário Oficial do Legislativo desta quinta-feira (24/09). Witzel será afastado por 180 dias após a denúncia ser recebida pelo tribunal misto de julgamento.

O projeto aprovado é baseado no relatório do deputado Rodrigo Bacellar (SDD), aprovado pela Comissão Especial da Alerj que analisou o pedido de impeachment, na última quinta-feira (17/09). Durante a sessão plenária desta quarta-feira, que durou mais de sete horas, 28 deputados discursaram. Witzel preferiu fazer sua própria defesa por videoconferência.

A sessão foi semipresencial, com 45 deputados participando do Plenário e outros 24 de forma virtual. O deputado João Peixoto (DC) está licenciado por problemas médicos. O presidente André Ceciliano comandou os trabalhos e ressaltou que todo o trâmite respeitou decisões judiciais e foi baseado em entendimentos do Supremo Tribunal Federal (STF).

Ceciliano também afirmou que Witzel teve amplo direito à defesa. “Este não é um dia feliz para o Estado do Rio. Não temos como comemorar o fato de um governador eleito ser afastado do cargo por ter traído a confiança de milhões de eleitores que o escolheram de forma democrática”, destacou o presidente.

Defesa de Witzel

O governador Witzel falou durante uma hora e nega todas as acusações. Witzel já havia enviado sua defesa à Alerj com uma petição de 40 páginas e mais de 400 folhas de documentos anexos. Durante a sessão, afirmou que é vítima de linchamento moral e pré-julgamento. “Com essa decisão do parlamento nós estamos matando a nossa democracia, o bem mais preciso e mais caro do estado democrático de direito. Até o presente momento não pude fazer o meu amplo direito de defesa”, afirmou Witzel.

Ele afirmou ainda que não abrirá mão de seu mandato e sua defesa. E que "o erro será reparado" em julgamento técnico no Superior Tribunal de Justiça (STJ). "Não apareceu nada que possa dizer que, minimamente, eu tenha dado orientações para fraudar a Saúde. E é assim que estou sendo julgado e linchado politicamente, de forma muito triste que a história há de reparar", disse.

O presidente Ceciliano respondeu às críticas contra o Parlamento, reafirmando que o governador teve amplo direito de defesa na Casa. “Não atropelamos o processo. O governador teve amplo direito de defesa. Recorreu ao TJ, recorreu ao STF (Supremo Tribunal Federal), questionando a formação da comissão. Os trabalhos chegaram a ser interrompidos até a nova decisão daquela Corte. No fim, ficou claro que havíamos feito tudo de forma correta”, lembrou.

Em seu discurso, Ceciliano também ressaltou que o Parlamento Fluminense é o mais produtivo do país e que a Alerj não mede esforços em economizar recursos e destiná-los para melhor atender à população. Por fim, o presidente da Alerj reafirmou seu compromisso com o Estado do Rio e com a governabilidade do governador em exercício, Cláudio Castro.

“Da minha parte, o Cláudio Castro sabe que tem um aliado. Não dele, Cláudio, mas do Estado do Rio de Janeiro, da governabilidade. Não farei nenhuma indicação - nem técnica, nem política - a ele. Não quero nada do governo. Só quero que ele nos devolva nosso apoio através de projetos, trabalho, eficiência, transparência, emprego, segurança, educação, com respeito ao dinheiro público e às pessoas”, concluiu.

Denúncia

A denúncia contra Witzel foi protocolada pelos deputados Luiz Paulo e Lucinha, ambos do PSDB, sendo baseada em supostos desvios financeiros cometidos pelo governador na área da Saúde, sobretudo junto a Organizações Sociais de Saúde (OSs) e na construção de hospitais de campanha para combate à pandemia do coronavírus. A denúncia teve como base as Operações Favorito e Placebo do Ministério Público Federal (MPF) e da Polícia Federal (PF).

O relatório aprovado pela comissão e ratificado pelos deputados da Alerj na sessão desta quarta ressalta, principalmente, a relação entre o governo Witzel com duas organizações sociais: Unir Saúde e Iabas. O relatório pontua a confusão existente entre os reais proprietários das duas empresas, uma vez que as investigações realizadas pelo Ministério Público e pela Polícia Federal afirmam que ambas seriam na verdade controladas pelo empresário Mário Peixoto. O relatório também cita que investigações dos órgãos federais e a denúncia protocolada na Alerj apontam indícios de recebimento de vantagens indevidas por Witzel através do pagamento de honorários à sua esposa, Helena Alves Brandão Witzel. Nesse sentido, as investigações apontam que a primeira dama teria sido contratada por cerca de R$ 500 mil pela DPAD Serviços Diagnósticos LTDA, empresa que seria controlada, segundo as investigações, por operadores ligados à Mário Peixoto.

Especificamente sobre a Unir Saúde, o relatório ressalta a controversa requalificação da organização social, que havia sido desqualificada por resolução conjunta das Secretarias de Estado de Saúde e da Casa Civil, em outubro de 2019. Já com relação ao Instituto Iabas, o relatório levanta a questão de irregularidades sobre a construção dos hospitais de campanha para o combate da pandemia de coronavírus. O documento relacionou indícios do Ministério Público Federal de suposta existência de orçamentos fraudados para serviços de montagem e desmontagem de tendas, instalação de caixas d'água, geradores de energia e piso para a formação da estrutura dos hospitais de campanha. Leia a íntegra do relatório aqui.

Opinião dos deputados

Deputados de diferentes correntes partidárias discursaram no plenário. Coautora da denúncia do impeachment, a deputada Lucinha enfatizou que o pedido protocolado contra Witzel foi bem fundamentado. "A maioria desta Casa entendeu que é preciso esclarecer o que está acontecendo. Demos entrada no processo porque tínhamos conhecimento de que Witzel estava cometendo crime de responsabilidade contra a população do Estado do Rio. Ele é um juiz que não tem juízo. Desviou recursos que eram para ser usados na compra de respiradores e na construção de leitos de UTI. As pessoas morreram em casa porque não tinham acesso à UTI, pelo descaso do Estado", lamentou a parlamentar.

Dani Monteiro (PSol) reforçou que seu partido sempre foi contrário ao governo Witzel. "Este é um dia grave e histórico no Parlamento Fluminense. Sempre fui oposição à necropolítica do governador. Queria dedicar meu voto aos jovens mortos pelo Estado a partir da política de insegurança que foi implantada. Para o PSol, este seria, por si só, um motivo de impeachment. Para piorar, mais uma vez o estado está afundado em corrupção. Logo o juiz que se elegeu dizendo que iria moralizar a política", afirmou a parlamentar.

Já o deputado Rodrigo Amorim (PSL) disse que, apesar de ter apoiado a eleição de Witzel, é um parlamentar independente. "Em 2018, quando velhas figuras se apresentavam, tínhamos um juiz federal com um discurso de mudança. No campo pessoal e institucional, fui um dos que colaboraram e fizeram essa ligação de Witzel com a população nas ruas. Não me eximo da responsabilidade, mas naquela eleição os rumos do Rio poderiam estar sendo mudados. Sempre fui independente, votei a favor da rejeição das contas do governo e sempre tive a independência para votar de acordo com as minhas convicções como acontece neste momento. Não podemos aceitar a corrupção", declarou Amorim.

O deputado Chicão Bulhões (Novo) destacou a unanimidade do Parlamento em apoiar o impeachment. "Esta Casa não aceita mais uma forma de operar a política que a população do Rio já disse mais de uma vez que está exausta, que não aguenta mais. A população quer novos ares e isso não significa só novos nomes. A população quer novas práticas. Vivemos uma crise de liderança que vem se manifestado em sucessivos governos e esse não foi diferente. Todos os indícios apontam para as relações espúrias deste governador antes das eleições. A forma como ele chegou ao poder mostra as dívidas que ele fez com o grupo político que quer mais uma vez assaltar o Rio de Janeiro", afirmou.

Outro que discursou foi Carlos Minc (PSB), que é o deputado com mais mandatos no Parlamento Fluminense. "É muito triste que esta corrupção de vários governos tenha, neste momento, se concentrado na área da Saúde, justamente em uma pandemia. Isso é muita irresponsabilidade. O pior é que, depois do relatório, já aconteceram vários outros fatos. A criatividade de quem faz o mal é assustadora", concluiu.

Trâmite do processo

A abertura do procedimento para apuração de crime de responsabilidade do governador Wilson Witzel ocorreu durante sessão plenária no dia 10 de junho, com a aprovação unânime dos deputados. Na prática, a abertura do processo poderia ser uma decisão exclusiva do presidente da Casa, que preferiu consultar seus pares. Após a abertura, foi instalada no dia 18 de junho a comissão para analisar o pedido de impeachment e a denúncia protocolada pelos deputados Luiz Paulo e Lucinha.

O grupo, composto por 25 deputados, de todos os partidos com representação na Casa, foi validado por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes no dia 28 de agosto, após o rito do impeachment ter sido suspenso pelo presidente do STF, Dias Toffoli, no dia 27 de julho, que atendeu ao recurso da defesa questionando a formação da comissão especial. Na última quinta-feira (27/09), a comissão aprovou parecer favorável ao prosseguimento do impeachment, decisão que foi ratificada nesta quarta em plenário.

O trâmite segue os ritos da Lei Federal 1.079/50, que regulamenta o julgamento de crimes de responsabilidade, e a interpretação do próprio STF na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 378, que orientou o rito de impeachment da presidente Dilma Roussef, em 2016.

Atualmente, Witzel já está afastado cautelarmente do cargo por decisão do STJ, após deflagração da Operação Tris In Idem, no último dia 28 de agosto. Com a aprovação do prosseguimento do processo de impeachment pela Alerj, a denúncia seguirá para o TJRJ e somente após o tribunal misto de julgamento aceitá-la que Witzel ficará duplamente afastado - pelo inquérito que responde no STJ e pelo processo de impeachment.

Próximos passos do processo de impeachment

1- O resultado da votação em Plenário é publicado no Diário Oficial do Legislativo;

2 - O Tribunal de Justiça do Estado do Rio (TJRJ) é comunicado para dar início à formação do tribunal misto;

3 - Este tribunal será formado por cinco deputados - eleitos pela Alerj - e cinco desembargadores - eleitos por sorteio com critérios definidos pelo TJRJ;

4- Após o Tribunal Especial Misto receber a denúncia começa uma nova etapa, onde o governador é afastado por até 180 dias enquanto o tribunal analisa a questão. O presidente do TJRJ terá voto de minerva caso haja empate sobre o impeachment no tribunal misto.

Pega a visão...

Nova Iguaçu é a maior cidade em extensão territorial da Baixada Fluminense, com  520,581 Km². A população ultrapassou a marca de 823.302  habitantes. Há uma área de preservação enorme e uma densidade populacional tamanha, mas apesar disto deixaram a cidade para ter apenas 11 vereadores. A minha única dúvida agora é se a partir de janeiro deveremos chamá-los de vereadores, donatários ou senhores feudais!

 

    Votação do impeachment do governador Wilson Witzel acontece hoje

     A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) vota nesta quarta-feira (23/09), em sessão ordinária a partir das 15h, o Projeto de Resolução 433/2020, que autoriza o prosseguimento do processo de impeachment do governador Wilson Witzel. A proposta é baseada no parecer do relator, deputado Rodrigo Bacellar (SDD), aprovado pela Comissão Especial da Alerj sobre o tema na última quinta-feira (17/09). A sessão será semipresencial, com deputados participando de forma on-line ou presencialmente no Plenário Barbosa Lima Sobrinho.

    Caso dois terços dos parlamentares - o equivalente a 47 deputados - votem favoráveis ao impeachment, a denúncia será encaminhada ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio (TJRJ), que formará um tribunal misto de julgamento - composto por cinco deputados e cinco desembargadores - e definirá os ritos finais do processo com base na Lei Federal 1.079/50. Witzel será afastado por 180 dias após a denúncia ser recebida pelo tribunal misto de julgamento.

    Dinâmica da sessão

    O presidente, deputado André Ceciliano (PT), abre a sessão e dá a palavra a cada um dos 25 partidos, que terão até uma hora para debater o tema. Ao fim das discussões, o governador e a defesa poderão falar por até uma hora. Em seguida, inicia-se a votação aberta, conforme determina o STF.

    Alerj aprova regulamentação de atividades culturais na modalidade "drive-in"

    A Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou, em discussão única, nesta terça-feira (22/09), o projeto de lei 2.940/20, que regulamenta as apresentações artísticas realizadas na modalidade “drive-in”. A medida seguirá para o governador em exercício, Cláudio Castro, que terá até 15 dias úteis para sancioná-la ou vetá-la.
    De acordo com o projeto, o público só poderá ingressar no local do espetáculo após medição de temperatura corporal realizada pelos organizadores com termômetros à distância. Cada carro não poderá levar mais que quatro pessoas. Se o evento for em local fechado, os carros deverão permanecer desligados e o uso de teto solar estará proibido. A entrada de conversíveis, ônibus, micro-ônibus, caminhões e motos será proibida. Os carros deverão estar separados por uma distância de dois metros.
    Além de determinar uso obrigatório de máscaras, que, no caso dos funcionários com contato ao público, deverão ser fornecidas pelas empresas realizadoras com outros equipamentos de proteção, o texto ainda responsabiliza o organizador do evento por disponibilizar álcool 70% e manter as normas de distanciamento social em áreas de circulação, como bares, banheiros e filas.
    Em todos os locais de circulação, deverão ter placas com orientações para evitar a propagação do novo coronavírus. Produtos poderão ser vendidos e entregues através das janelas dos automóveis, devendo ser priorizada a venda dos mesmos e dos ingressos na modalidade remota.
    Os eventos também deverão seguir as normas de realização e licenciamento de eventos com aglomeração (Decreto 44.617/14). “As atividades em ‘drive-in’ tem se tornado uma tendência em todo o planeta, seja em shows, cinemas, teatros, entre outras atividades que têm sido organizadas preservando o distanciamento social. Diante da popularização destas atividades, é mais do que necessário que o legislativo fluminense regulamente e fiscalize, tendo em vista a necessidade de prezar pela segurança dessas atividades além de legislar sobre temas que dizem respeito prioritariamente à saúde pública”, declarou Dani Monteiro (PSol), autora original da proposta.
    Também assinam o texto como coautores os deputados Carlos Minc (PSB), Waldeck Carneiro (PT), Samuel Malafaia (DEM), Martha Rocha (PDT), Eliomar Coelho (PSol), Mônica Francisco (PSol), Lucinha (PSDB), Subtenente Bernardo (PROS), Brazão (PL), Thiago Pampolha (PDT), Léo Vieira (PSC), Flávio Serafini (PSol), Bebeto (Pode), Márcio Canella (MDB), Renata Souza (PSol), Coronel Salema (PSD), Danniel Librelon (REP) e Gustavo Tutuca (MDB). 

    terça-feira, 22 de setembro de 2020

    Candidata a prefeita, deputada Rosângela Gomes fala ao Blog

    Hoje ela é deputada federal, mas tem uma trajetória política que reúne mais de duas décadas com mandatos. Em 2000 foi eleita vereadora pela primeira vez em Nova Iguaçu. E daí por diante não parou de acumular mandatos eletivos. Foi reeleita vereadora em 2004 e reeleita em 2008. No meio do seu terceiro mandato como vereadora, mais precisamente em 2006, concorreu ao cargo de senadora e obteve mais de 262 mil votos. Não foi eleita, mas conseguiu um número de votos expressivo e que chamou a atenção no cenário eleitoral da época.

    Na continuidade da sua carreira política, em 2010 conquistou o mandato de deputada estadual. Depois veio a conquista do cargo de deputada federal em 2014 e, em seguida, no ano de 2018, renovou o seu mandato para mais quatro anos na Câmara dos Deputados, em Brasília, onde pode ficar até 2022. Mesmo assim ela não para e luta para conquistar o seu maior sonho, este que é administrar a Prefeitura de Nova Iguaçu e onde viveu na periferia. E vale lembrar que nas eleições de 2016, quando disputou como candidata a prefeita, ela obteve 38.690 votos. Esse montante representou nada menos que mais de 10% dos votos válidos. Agora em 2020, apostando no apoio do presidente Jair Bolsonaro, ela tenta chegar ao comando do Poder Executivo Municipal disputando pelo Republicanos, legenda que tem agregada uma parte de ex-militantes do PSL e que esperam a criação do partido Aliança para se filiarem. De quem falo? Falo da deputada Rosângela Gomes. 

    Apesar de ter tentado ser prefeita nas eleições municipais anteriores, este ano volta a submeter o seu nome nas urnas, agora pelo partido Republicanos, que antes se denominava PRB (Partido da Republicano Brasileiro). Só que o Republicanos de hoje é uma espécie de legenda que agregou parte do Aliança, partido esse que seria criado pelo presidente da Jair Bolsonaro para sair fortalecido nas eleições municipais deste ano e servir de palanque para a disputa à reeleição em 2022. Hoje a união entre o Aliança e o Republicanos, através das conversas do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) e do presidente estadual do Republicanos, Luiz Carlos Gomes da Silva, uma frente foi construída e está em 40 cidades fluminense, em destaque a Capital, Nova Iguaçu e São João de Meriti. 

    Em entrevista concedida ao “Notícias o Bastidor”, Rosângela Gomes, que estava ladeada do candidato a vice na chapa, um estreante na política eleitoral, Thiago Rachid, a deputada disse que essa fusão das legendas não muda os ideiais dos partidos: “O Aliança e o Republicano têm os mesmos princípios. O presidente do Republicanos conversou com o Flávio – disse se referindo ao senador Flávio Bolsonaro – e chegamos a esse entendimento”, explicou sobre a fusão das legendas em que permitiu a unificação de parte dos dissidentes do PSL que formaram o Aliança que está, por hora, atrelado ao Republicanos. 

    Mulher, negra e vinda da periferia de Nova Iguaçu, Rosângela Gomes tem um olhar voltado para os bairros que ficam no entorno e afastados do Centro e políticas voltadas para a área da promoção social. E não foi à toa no início da gestão do prefeito Rogério Lisboa, Rosângela Gomes tinha uma ascendência política sobre a secretaria de Assistência Social, ocasião em que indicou o Pastor Alexandre, um dos seus aliados, para o cargo. Mas ele não ficou três meses na pasta. 

    Na conversa com o Blog a deputada explicou que no segundo turno das eleições municipais de 2016 ela não tomaria partido. Ou seja: iria se manter isenta e sem declarar voto para nenhum dos dois candidatos que foram para o segundo turno, que são eles o atual prefeito Rogério Lisboa e o ex-prefeito Nelson Bornier. Porém, ao ser procurada pelo então candidato e hoje prefeito Rogério Lisboa, ela ajudou na expectativa que gestão de Lisboa e que ela pudesse contribuir nas áreas de Obras e Assistência Social. De pronto Lisboa viu que a parceria poderia garantir a ele a vitória e fez a aliança eleitoral no segundo turno em que saiu vencedor, 

    De acordo com Rosângela Gomes, a participação na área de Obras e Ação Social visava o interesse de ajudar no futuro governo com ações destinadas ao então 3º Distrito de Nova Iguaçu, região da cidade que apesar de índices de desenvolvimento social precário, deveria contar com mais investimentos em infraestrutura e trabalhos sociais para alavancar o crescimento de uma região promissora para Nova Iguaçu e, assim, melhorar a qualidade de vida na região. 

    Durante essa primeira gestão do prefeito Rogério Lisboa, mesmo distanciada politicamente do prefeito, Rosângela não se afastou em contribuir com a captação de recursos para ajudar o município, em especial na área da Saúde. Com o seu mandato em Brasília, ainda na gestão do ministro da Saúde Henrique Mandetta, Rosângela conseguiu aportes financeiros para o Hospital da Posse. E não foi só em Brasília. Recentemente, com o apoio do aliado Marcelo Crivella, prefeito do Rio de Janeiro, ela conseguiu respiradores, monitores e carrinhos para ajudar na estrutura do maior hospital público da Baixada Fluminense para enfrentar o alto índice de internações causadas pela epidemia do coronavírus. E não foi à toa que ela se tornou uma das pessoas mais próxima do hospital mantendo uma boa relação institucional com o diretor-geral da unidade, o médico Joé Sestello. 

    Hoje candidata a prefeita de Nova Iguaçu, Rosângela Gomes, sinaliza que no seu governo o planejamento estará muito voltado para áreas como a promoção da social e da mulher, o combate ao racismo, a melhora na estrutura hospitalar do município e no investimento em políticas para a geração de renda e investimentos em obras para elevar os indicadores sociais do município.

    Foto: Erick Bello

    segunda-feira, 21 de setembro de 2020

    Secretaria de Cultura de Nova Iguaçu comemora sucesso de exposição

     Por Claudia Maria

    A Revista Museu, de Brasília, repercutiu a inauguração da exposição "A Cultura Tupi nas terras de Guaguassu". A exposição traz muito da história da Baixada Fluminense. O horário de visitação é de terla a sexta das 10h às 19h e sábados das 10h às 18h. Vale a pena conferir.

    COMISSÕES DA ALERJ DEBATEM CARGOS DE ESPECIALISTAS DA FAETEC

     As mudanças na carreira e a descrição dos cargos dos especialistas técnico-científicos da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec) serão discutidas em audiência conjunta das Comissões de Educação, de Ciência e Tecnologia e de Servidores Públicos, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). A reunião será nesta terça-feira (22/09), às 10 horas, e poderá ser acompanhada pela TV Alerj.
    “Fomos provocados a debater o papel, a formação e a situação funcional dos pedagogos da rede Faetec e, por extensão, dos docentes na rede pública do estado. Importante observar a centralidade da atuação desses professores no serviço à docência e ao processo de construção do conhecimento nas escolas", explicou o presidente da Comissão de Educação, deputado Flávio Serafini (Psol).

    Entrevista com presidentes de partidos

     Por Claudia Maria

    Hoje trazemos entrevista com o vereador Fernandinho Moquetá, presidente do PL, experiente de vários mandatos, ele faz uma análise das eleições desse ano.

    Blog – Como você avalia essas eleições?

    Fernandinho -  Vou ser muito sincero. Acredito que o Supremo Tribunal podia ter interferido junto ao Congresso para que não tivesse eleição esse ano. Não temos condições de realizar uma eleição como deve ser. Eleição costuma ser disputada nas ruas, no olho a olho, no aperto de mão. Não estou falando isso porque teria mais dois anos de mandato. Acho que foi um deserviço. A eleição só deveria acontecer em 2022, verticalizar. O Supremo Tribunal Eleitoral para fazer uma media mudou de outubro para novembro. O que adiantou isso?

    Blog – Por que as pessoas deveriam votar em você?

    Fernandinho – No meu primeiro mandato Deus me deu 2 mil 334 votos. No segundo 3 mil e 600 votos, no meu terceiro 5 mil e 300 votos. Dos quase 10 mil votos para deputado estadual eu tive quase 7 mil em Nova Iguaçu. Então só por esse histórico já demonstra que eu tenho o respaldo dos eleitores de Nova Iguaçu. Meu trabalho é junto aos eleitores. Meu gabinete é o GPP, Gabinete Popular da Padaria, onde eu atendo há mais de 10 anos todos os dias. Eu sou aquele vereador que está direto com a população e você sabe que a eleição mais difícil é a de vereador e ninguém me convence que essa eleição se ganha sem se olhar no olho das pessoas, tendo contato direto com as pessoas.

    Ainda tem muita gente achando que pode ganhar eleição no atacado. É a única que você não ganha no atacado é de vereador. É dia a dia. Os candidatos que estão achando que tem zap de 4 a 5 mil pessoas que gravando lives, respeito aqueles que fazem, mas se não tiver contato com o povo estão fora.  Aqueles que acharam que podiam colocar o nome depois do carnaval para ganhar eleição em outubro e não trabalharam, não vão a lugar nenhum.

    Se o Congresso e o Senado tivessem um pouco de bom senso teriam verticalizado e deixado as eleições para 2022 junto com presidente, governador e deputados. E chegaram a dizer que só colocassem mais candidatos iria confundir o povo, é brincadeira né. Tudo eletrônico. Vamos ver o que acontece. Só tenho a dizer que de um jeito ou de outro estou nessa briga.

     

     


    Quem sabe um dia!

     Uma das coisas que espero da próxima administração, independente de quem seja eleito para ficar nos próximos quatro anos, é que de fato a participação popular nas decisões governamentais seja efetivamente realizada. Fortalecer a participação do povo, através de pesquisas e consultas, ou mesmo de programas de incentivo na elaboração anual das prioridades de metas por setores e pastas da administração municipal. Tonar o governo mais participativo. Não falo de Ouvidoria, não. Me refiro a uma espécie de governo participativo. Sei que existe o conceito de Orçamento Participativo que muito pouco se usou em Nova Iguaçu. Mas deveria existir na Prefeitura um plano de construção conjunta da cidade, seja com os representantes de áreas ou de classes, para saber e tentar criar uma espécie de Plano Estratégico de Desenvolvimento Econômico e Social de Nova Iguaçu, isso visando otimizar a aplicação dos recursos nas políticas públicas.
    Quem dera que no dia primeiro de janeiro de 2021 a cidade pudesse inaugurar um modelo mais participativo de gestão. Quem dera pudesse um modelo participativo implementado pudesse suprir a falta de diálogo sobre o futuro da cidade e que deveria ter acontecido no Poder Legislativo Municipal, que no contrapasso do crescimento diminuiu a representação do eleitor na estrutura da administração que seria pelo parlamento, mas que este está anos luz da realidade do que urge na cidade. Não falo aqui de conselhos. Falo de pesquisas de campo e conversas com os setores organizados. Seria muito interessante se a cidade fosse realmente construída e pensada por mais pessoas. 

    Coisas das redes...

    Em uma das agendas, o candidato a prefeito Drº Letinho (PSC) percorreu as ruas do bairro Comendador Soares na tarde domingo. Já Max Lemos (PSDB) publicou na rede que visitou a Igreja do Evangelho Quadrangular em Riachão. Já o prefeito Rogerio Lisboa (PP) também mostrou trabalho... Publicou na sua conta no Instagran, à noite, uma foto espreguiçado na poltrona, vendo Netflix e comendo pipoca. É, né!

    domingo, 20 de setembro de 2020

    Eu já esperava

     Em 10 de março deste ano, em nota que publiquei aqui, disse que desde quando cubro política o ex-deputado Cornélio Ribeiro sempre foi ventilado pré-candidato. E disse que a movimentação pré-eleitoral dele não foi diferente. Lá eu já imaginava que ele não seria candidato. O link abaixo prova isso:  

    https://noticiasobastidor.blogspot.com/2019/03/olha-ele-ai-outra-vez.html


    Vai dar pano para manga

    Nas redes sociais tem aparecido cada vez mais as mensagens de pessoas que seriam candidatas a uma vaga à vereança, sendo que em razão da redução do número de cadeiras na Câmara Municipal, elas deixarão de concorrerem por falta de vagas nas nominatas partidárias. Isso ainda vai render, como tenho escrito aqui. Nas eleições de 2022, caso algum vereador que tenha votado favorável à redução venha concorrer a algum cargo, tenha certeza que terá oponentes potenciais espalhados no município. 

    É bom ficar atento

    Por Almeida dos Santos

    Neste mês de setembro, segundo as informações colhidas no Painel de Monitoramento da Prefeitura de Nova Iguaçu, o número de óbitos registrados por COVID-19 é de 17 mortes. Hoje o município conta com 6.344 casos registrados e um total de mortes de 560 pessoas. Um número expressivo e que mesmo assim parece não assustar, afinal as ruas do Centro de Nova Iguaçu, região da cidade que aparece como a que possui o maior número de casos registrados, se assemelha aos tempos da normalidade. O que se vê é o relaxamento das medidas de proteção. Espero, de coração, que não venha uma "segunda onda" como os especialistas sempre alertam. Mesmo assim, com base nos números da própria Prefeitura, é possível afirmar que há pessoas morrendo de COVID-19 nestes recentes dias. Tomará a Prefeitura tenha um plano para uma possível "segunda onda", caso possa acontecer. É bom que todos fiquem atentos!   

    Ecos para 2022

         Contrariando o bom senso, desprezando a importância da cidade na conjuntura política da Baixada Fluminense e do Estado, ignorando a função primordial do Parlamento de ampliar o debate dos problemas do município (Parlamento vem do latim Parla, o que significa debater) e minimizando um poder que tem como função nobre o de fiscalizar os atos administrativos da prefeitura, a Câmara de Vereadores de Nova Iguaçu deixa, como registro nesta legislatura, um triste capítulo escrito no que tange à representatividade democrática, isso quando manteve apenas as 11 cadeiras para as próximas eleições.
         Podemos dizer que a maioria dos 17 parlamentares conseguiu um feito, sem amplo debate, conversa ou mesmo consulta ao povo (esse o mais interessado), que foi reduzir o parlamento em uma espécie de feudalismo moderno no sistema político vigente. Não que antes não era. Mas com 11 vereadores acentuará esse sentimento feudalista que ronda as cabeças pensantes do nosso legislativo. Em 2022 aposto que o resultado disse causará muitos transtornos para os que articularam a redução e ou votaram nela. A conferir!

    sábado, 19 de setembro de 2020

    WhatsApp pró-ativo

        Com pouco tempo para a realização das campanhas eleitorais, a otimização de mecanismos para se chegar ao eleitor é fundamental. Além da manutenção das páginas nas redes sociais, nesta campanha o uso do WhatsApp (aplicativo de comunicação) não ficou esquecido por pelo menos dois dos candidatos, isso por enquanto. E eles já mantêm contas ativas no aplicativo que permite a interação com o eleitor. Mas não será apenas para a conquista dos votos que eles serão utilizados.
        Com o acirramento da disputa eleitoral, o uso desses mecanismos também servirá para que simpatizantes das campanhas possam, em tempo real, dizer o que viu da campanha do opositor e, neste caso, passar a informação para  as coordenações de campanhas. E se isso não revela, ao menos indica que o monitoramento que um candidato terá do outro será quase que em tempo real, isso caso as campanhas orientem os seus simpatizantes a agirem desta maneira. Portanto, mais do que levar as propostas para os eleitores, o uso das contas no aplicativo também há de servir para o recebimento de denúncias, estas com fotos e vídeos, facilitando assim que um candidato fique na "cola" do outro e provocando os fiscais eleitorais do TRE para fiscalizarem a ação do oponente.
        Não preciso dizer aqui que isso é só um pouco do que deve acontecer. Mas há outras situações em que essas contas podem levar. É bem verdade que elas deverão ficar vinculadas em grupos comuns de debates políticos da cidade. E, neste caso, a disputa também ficará acirrada lá.
        Tanto Max Lemos (PSDB) como Rogerio Lisboa (PP) não sinalizaram para a sociedade que farão uma campanha de respeito mútuo. Ao contrário, desde o ano passado os dois se envolveram em "brigas" nas redes. Vale lembrar o encontro do prefeito Rogério Lisboa com um grupo de vereadores de Queimados e que acontecem em Duque de Caxias. Quem lembra sabe do que falo!
        Mas voltando a falar do uso desse aplicativo na campanha é bom lembrar que a fiscalização não vai ficar de fora. Não se assustem se eles se passarem por eleitores e fazerem perguntas cujas respostas poderão levar a detecção de desvio ou crime eleitoral. Tudo é possível.

     





    sexta-feira, 18 de setembro de 2020

    ALERJ: PUBLICADO PROJETO QUE DÁ CONTINUIDADE AO PROCESSO DE IMPEACHMENT DE WITZEL

     Foi publicado no Diário Oficial desta sexta-feira (18/09) o projeto de resolução 433/2020, que dá seguimento ao processo de impeachment do governador afastado Wilson Witzel. A matéria está na pauta da próxima quarta-feira (23/09). Para aprovação do projeto são necessários dois terços do total de deputados da Casa, ou 47 parlamentares. Na próxima semana será definida a dinâmica da sessão.

    Também foi publicada nesta sexta o inteiro teor da denúncia dos deputados Luiz Paulo e Lucinha, ambos do PSDB, que deu origem ao processo; a petição inicial da defesa e a transcrição do relatório da Comissão do Impeachment, elaborado pelo relator, deputado Rodrigo Bacellar (SDD) e aprovado pelo colegiado nesta quinta-feira (17/09). O Diário trouxe, ainda, a intimação para que Witzel, nas pessoas de seus advogados, tomem ciência sobre a aprovação do relatório final.

    A publicação faculta a Witzel a realização de defesa oral durante a votação do projeto de resolução que autoriza o processo de crime de responsabilidade contra ele. Além disso, o texto franquia à defesa do governador afastado o acesso aos autos, para vista e cópia, garantindo assim seu amplo direito à defesa.

    O chefe de estado...

    Ando cá com os meus botões achando que o maior aliado do prefeito Rogerio Lisboa (PP) é o tal "estado de calamidade pública". Imagino até que o prefeito pode se apresentar para o mundo como um "Chefe de Estado"... Mas de "Estado de Calamidade Pública". Só falta querer levar isso para um segundo mandato, caso eleito. E não duvidem de acontecer.

    quinta-feira, 17 de setembro de 2020

    Fez por merecer!


    Na foto acima, à direita, o jornalista Rafael Marinho recebendo das mãos do vereador Maurício Morais (Avante) a Moção de Aplausos que fez por merecer. O reconhecimento se dá em razão dos serviços prestados aos leitores que buscam no Baixada Viva Notícias uma fonte de informações.   

     

    Comissão da Alerj aprova prosseguimento do processo de impeachment de Witzel

    Relatório aprovado por unanimidade (foram 24 votos favoráveis) será votado em plenário. Caso aprovada por 47 parlamentares, a denúncia seguirá para o TJRJ e Witzel será oficialmente afastado

    A Comissão Especial da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) que analisou o pedido de impeachment do governador Wilson Witzel aprovou nesta quinta-feira (17/09), por unanimidade (foram 24 votos favoráveis), relatório pela admissibilidade da denúncia e a consequente autorização para prosseguimento do processo pela prática de crime de responsabilidade. A denúncia é baseada em supostos desvios financeiros cometidos por Witzel na área da Saúde, sobretudo junto a Organizações Sociais de Saúde (OSs) e na construção de hospitais de campanha para combate à pandemia do coronavírus. O parecer da comissão será publicado no Diário Oficial do Legislativo desta sexta-feira (18/09) e o projeto de resolução sobre o tema deverá ser votado em plenário até a próxima semana.

    Caso dois terços dos parlamentares (o equivalente a 47 deputados) votem favoráveis ao impeachment, a denúncia será encaminhada ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio (TJRJ) e Witzel será afastado por 180 dias após a formação de um tribunal misto de julgamento - composto por cinco deputados e cinco desembargadores - que realizará o trâmite final do processo.

    A reunião desta quinta ocorreu de forma semipresencial e em conformidade com os protocolos de segurança por conta da pandemia de covid-19. O encontro foi comandado de forma virtual pelo presidente do grupo, deputado Chico Machado (PSD), que não pode estar presencialmente no Plenário Barbosa Lima Sobrinho por estar se recuperando do coronavírus. “Durante todo o período respeitamos plenamente o direito de defesa de Witzel, bem como seguimos o trâmite legal do processo e a Constituição. Agradeço a todos os 25 partidos desta Casa e ao presidente André Ceciliano por sua conduta“, afirmou o deputado, que foi favorável ao documento elaborado pelo relator Rodrigo Bacellar (SDD). A comissão foi formada por 25 deputados de cada um dos partidos que compõem a Alerj.

    Além de Chico Machado e Rodrigo Bacellar, todos os outros 22 integrantes da comissão presentes à sessão foram favoráveis ao relatório. São eles: Luiz Paulo (PSDB), Enfermeira Rejane (PcdoB), Dionísio Lins (PP), Renan Ferreirinha (PSB), Carlos Macedo (REP), Márcio Canella (MDB), Val Ceasa (Patriotas), Waldeck Carneiro (PT), Martha Rocha (PDT), Subtenente Bernardo (PROS), Brazão (PL), Marcus Vinícius (PTB), Léo Vieira (PSC), Alexandre Freitas (Novo), Eliomar Coelho (PSol), Marcos Abrahão (Avante), Marina Rocha (PMB), Valdecy da Saúde (PTC), Bebeto (Pode), Dr. Deodalto (DEM), Welberth Rezende (Cidadania) e Gustavo Schmidt (PSL). O deputado João Peixoto (DC) não participou da reunião – sendo o único que não votou - porque está licenciado devido a um problema de saúde.

    Relatório

    O relatório de 77 páginas, elaborado por Rodrigo Bacellar e lido na íntegra por ele durante a reunião, teve como base a denúncia de crime de responsabilidade por corrupção na área de Saúde protocolada, no dia 27 de maio, pelos deputados Luiz Paulo e Lucinha, ambos do PSDB. Para esclarecimento das denúncias, a comissão juntou documentos públicos da Secretaria de Estado de Saúde (SES) e do Ministério Público Federal (MPF), além de solicitar dados à Comissão Especial da Alerj que acompanha a situação fiscal do estado durante a pandemia de coronavírus, e analisar a defesa de Wilson Witzel entregue à comissão no dia 02 de setembro.

    Em seu parecer, Bacellar ressalta que todo o tempo se preocupou em não fazer juízo sobre a condenação ou absolvição do governador. De acordo com o parlamentar, os documentos mostram irregularidades e prejuízos ao erário público durante a prestação de serviços das organizações sociais Unir Saúde e Instituto Iabas. “Como se depreende dos fatos narrados, não é preciso muito esforço argumentativo para se concluir que a fraude em contratos administrativos e o prejuízo de milhões aos cofres públicos nada tem de honroso, probo ou digno e muito menos se norteia pela busca do interesse público, configurada em tese, portanto, a prática de crime de responsabilidade”, afirma, em seu relatório. Ainda segundo o documento, “os fatos demonstram a supremacia do interesse privado sobre o público, o descaso com a vida e o oportunismo com a desgraça”, ressalta.

    Deputados

    Um dos autores da denúncia e integrante do grupo, o deputado Luiz Paulo declarou que a corrupção não pode mais ser tolerada no Rio. "É chegada a hora de dar um basta na plutocracia corrupta do Estado do Rio. Esta união ilícita entre o público e o privado tem que acabar", afirmou.

    Deputados de diferentes correntes ideológicas também defenderam o impeachment, inclusive o parlamentar Leo Vieira, que é do mesmo partido de Witzel. "Apesar de fazer parte do mesmo partido do governador, tenho total independência do meu mandato e voto favorável ao relatório", pontuou.

    O deputado Renan Ferreirinha foi enfático: "Por mais que sua defesa insista, Witzel não é inocente". Ele afirmou que os péssimos serviços de saúde pública levaram muitas pessoas à morte. "Faltam recursos aonde abunda a corrupção. Já passamos de 17 mil vítimas fatais pela covid-19 em nosso estado. Quantas dessas pessoas ainda poderiam estar aqui?", concluiu.

    Já Alexandre Freitas ressaltou que todo o exposto no relatório ainda será julgado no mérito pelo tribunal misto e que este processo é político-administrativo, o que o difere do processo penal que Witzel responde e não é inviabilizado pelo mesmo. "Chama atenção a muito provável participação do governador nos desvios financeiros. Estamos votando a admissibilidade da denúncia, que posteriormente deverá ser julgada no mérito. Todo processo feito por esta Casa foi correto. Nossa missão é ingrata, porém necessária para o Estado do Rio e a população fluminense", destacou.

    Unir Saúde e Iabas

    O relatório aprovado pela comissão ressalta principalmente a relação entre o governo Witzel com duas organizações sociais: Unir Saúde e Iabas. O relatório pontua a confusão existente entre os reais proprietários das duas empresas, uma vez que as investigações realizadas pelo Ministério Público e pela Polícia Federal, nas Operações Placebo e Favorito, afirmam que ambas seriam na verdade controladas pelo empresário Mário Peixoto. O relatório também cita que investigações dos órgãos federais e a denúncia protocolada na Alerj apontam fortes indícios de recebimento de vantagens indevidas por Witzel através do pagamento de honorários à sua esposa, Helena Alves Brandão Witzel. Nesse sentido, as investigações apontam que a primeira dama teria sido contratada por cerca de meio milhão de reais pela DPAD Serviços Diagnósticos LTDA, empresa que seria controlada, segundo as investigações, por operadores ligados à Mário Peixoto.

    Especificamente sobre a Unir Saúde, o relatório ressalta a controversa requalificação da organização social, que havia sido desqualificada por resolução conjunta das Secretarias de Estado de Saúde e da Casa Civil, em outubro de 2019. As pastas desqualificaram a organização por supostas ilegalidades após o término de processo administrativo, no qual foi garantido o direito à ampla defesa e ao contraditório, o que gerou a rescisão dos contratos de gestão vigentes e na reversão dos bens e dos valores entregues, tudo sem qualquer direito à indenização por parte da organização punida.

    No entanto, Witzel requalificou a Unir Saúde no dia 23 de março deste ano. Segundo o relatório “o denunciado, sem fundamento legal idôneo, utilizando do poder discricionário de conveniência e oportunidade, deu provimento ao recurso administrativo interposto pelo Instituto Unir Saúde, revogando sua desqualificação, restituindo ao instituto todos os direitos e obrigações contratuais anteriores à sua desqualificação, bem como possibilitando a assinatura de novos contratos com o Estado do Rio de Janeiro”.

    No relatório constam diversos documentos que levaram a Subsecretaria de Controle Interno e Compliance, da Secretaria de Saúde, a pedir a desqualificação da Unir Saúde, entre eles a existência de 19 processos punitivos abertos em face da organização social com temas variados, tais como déficit de profissionais, problemas na estrutura utilizada, problemas de transparência das despesas, ausência de atendimento a desempenho mensal mínimo e o não recolhimento de impostos. O relatório aponta ainda que as informações obtidas junto ao Portal da Transparência do Governo do Estado indicam ter havido pagamentos, em período no qual a Unir Saúde estava desabilitada, da ordem de R$ 26,9 milhões, o que, segundo o relatório, “indica a existência de fortes indícios de dano ao erário, uma vez que sequer se buscou proteger o Estado contra o direcionamento de dinheiro público por pagamentos de serviços que não vinham sendo prestados e que, portanto, geraram as mais graves punições à contratada”.

    Já com relação ao Instituto Iabas, o relatório levanta a questão de irregularidades sobre a construção dos hospitais de campanha para o combate da pandemia de coronavírus. O documento levantou as provas do Ministério Público Federal de suposta existência de orçamentos fraudados para serviços de montagem e desmontagem de tendas, instalação de caixas d'água, geradores de energia e piso para a formação da estrutura dos hospitais de campanha. Segundo o MPF, Witzel teria o comando da estrutura que deu suporte às fraudes. O documento afirma que o Instituto Iabas deveria construir mais de 1.400 leitos em hospitais de campanha e que, somente após fatos repercutidos na imprensa, Witzel decretou a intervenção nos hospitais sob gestão do Iabas. Consta no relatório que “mesmo tendo havido o descumprimento na execução do contrato, amplamente veiculada, e que culminou com a mencionada intervenção, foram apurados pagamentos realizados pelo Governo do Estado ao Instituto Iabas da ordem de R$ 256,5 milhões”.

    Defesa de Witzel

    Os advogados de Witzel enviaram a defesa com uma petição de 40 páginas e mais de 400 folhas de documentos anexos no dia 02 de setembro. Os advogados afirmam que as denúncias seriam “especulativas, baseadas em matérias jornalísticas espetaculosas". Os advogados também criticam o inquérito aberto no Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra Witzel, decorrente das investigações dos órgãos federais, que levaram inclusive ao afastamento de Witzel pelo STJ no último dia 28 de agosto, após a deflagração da Operação Tris in Idem. Desde então, Cláudio Castro, então vice de Witzel, está atuando como governador interino. Sobre a requalificação da Unir Saúde, a defesa afirma que o objetivo foi a não paralisação de 10 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Já sobre Helena Witzel, os advogados afirmam haver criminalização da advocacia por parte da acusação.

    No entanto, os argumentos de defesa não convenceram o relator do processo de impeachment e nem os deputados da comissão da Alerj. Rodrigo Bacellar afirmou, em seu relatório, que ao abrir mão de mecanismos de controle postos à disposição da administração para dar provimento a recurso contrário a todas as informações técnicas existentes, Witzel agiu dolosamente contra os interesses públicos e em benefício de interesses privados, o que, para o deputado, demonstra a justa causa para o prosseguimento do processo de impeachment. O parlamentar também indeferiu, em seu relatório, a produção de novas provas solicitadas pela defesa e ressaltou que a colheita de novas evidências deve ser feita na próxima etapa processual – no caso, a comissão mista a ser estabelecida pelo TJRJ.

    Bacellar também é claro em seu relatório ao afirmar que o documento não trata do afastamento de Witzel, mas sim do prosseguimento da denúncia de crime de responsabilidade. Atualmente, Witzel está afastado cautelarmente do cargo por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Caso a Alerj aprove o parecer da comissão e após formação do tribunal misto de julgamento, Witzel ficaria duplamente afastado - pelo inquérito que responde no STJ e pelo processo de impeachment.

    Leia a íntegra do relatório aprovado pela comissão aqui.

    Trâmites do processo

    A abertura do procedimento para apuração de crime de responsabilidade do governador Wilson Witzel ocorreu durante sessão plenária no dia 10 de junho, com a aprovação unânime dos deputados. Na prática, a abertura do processo poderia ser uma decisão exclusiva do presidente da Casa, deputado André Ceciliano (PT), que preferiu consultar seus pares. Após a abertura, foi instalada no dia 18 de junho a comissão para analisar o pedido de impeachment e a denúncia protocolada pelos deputados Luiz Paulo e Lucinha. O grupo, composto por 25 deputados, de todos os partidos com representação na Casa, foi validado por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes no dia 28 de agosto, após o rito do impeachment ter sido suspenso pelo presidente do STF, Dias Toffoli, no dia 27 de julho, que atendeu ao recurso da defesa questionando a formação da comissão especial.

    O trâmite segue os ritos da Lei Federal 1.079/50, que regulamenta o julgamento de crimes de responsabilidade, e a interpretação do próprio STF na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 378, que orientou o rito de impeachment da presidente Dilma Roussef, em 2016.

    Próximos passos do processo de impeachment

    1- O resultado do parecer da comissão será publicado no Diário Oficial do Legislativo nesta sexta-feira (18/09);

    2- A partir de segunda-feira (21/09) começa a contar prazo de 48h para o parecer ser inserido na pauta do Plenário da Alerj;

    3- Contadas as 48h, o parecer já poderá ser votado na próxima quarta-feira (23/09);

    4- A votação em plenário pode levar mais de um dia. Os deputados, no limite máximo de cinco por partido, podem discutir o parecer pelo prazo máximo de 1 hora. Sendo os questionamentos respondidos pelo relator. Encerrada a discussão será aberta a votação nominal;

    5 - Para o prosseguimento do impeachment é necessária a aprovação de dois terços dos parlamentares, ou seja, 47 deputados. Após a votação em Plenário, o resultado é publicado no Diário Oficial do Legislativo;

    6 - Se o resultado for pelo prosseguimento de impeachment do governador, o Tribunal de Justiça do Estado do Rio (TJRJ) é comunicado para dar início à formação do tribunal misto;

    7 - Esse tribunal será formado por cinco deputados - eleitos pela Alerj - e cinco desembargadores - eleitos por sorteio com critérios definidos pelo TJRJ;

    8- A partir da formação do tribunal misto começa uma nova etapa onde o governador é afastado por até 180 dias enquanto o tribunal analisa a questão. O presidente do TJRJ terá voto de minerva caso haja empate sobre o impeachment no tribunal misto.