Nessas eleições parece que não terá os chamados "medalhões" da política disputando a Prefeitura de Nova Iguaçu. Pelo menos isso é o que revela o quadro que vem se desenhando. Depois da disputa entre Sheila Gama (PDT), ela que representava o marido Aluísio Gama, e o ex-prefeito de Nova Iguaçu, Nelson Bornier (PROS), passando pela eleição de 2016 que Rogério Lisboa (PR) apareceu no cenário e venceu Bornier, novos quadros surgiram e estão aí dando um aspecto diferente à próxima disputa eleitoral.
Lisboa, apesar de ter experiência no Legislativo, ainda é uma novidade no Executivo. Não que ele seja estreante, afinal já ocupou o cargo de secretário de Obras, mas na sua figura de prefeito a "tinta da sua imagem ainda está fresca". Fresca também está a imagem do deputado federal Drº Luizinho (PP), ele que depois de passar pelo cargo de secretário municipal de Saúde e depois de secretário de Saúde do Estado, estreia o seu mandato na Câmara dos Deputados, em Brasília, com inclinações futuras para disputar a prefeitura.
Nomes que vinham disputando as eleições passadas também parecem estar um pouco fora da nova realidade política local. E falo de Rosângela Gomes (PRB) e Walney Rocha (PATRI), só para citar como exemplo. Mas outros surgiram, como o do deputado estadual Anderson Moraes (PSL), esse recém eleito para Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro e o próprio Hélio Negão (PSL). Eles são parte dessa novidade que ganhou força com a eleição do Bolsonaro presidente.
As últimas duas eleições mudou muito o cenário político de Nova Iguaçu. A acachapante vitória do Rogério Lisboa, no campo municipal, e a eleição dos novos representantes de Nova Iguaçu nas esferas legislativas estadual e federal, espelham uma imagem de um eleitorado que quer se desvincular do passado. E isso dá um novo olhar sobre as alianças.
Levar para o palanque nomes conhecidos do passado recente pode levar o candidato a Prefeitura ter que saber lhe dar com essa nova exigência do eleitorado, o que será. Por isso é que essa oxigenação deverá acontecer, ao menos nos palanques. Políticos como o Juninho do Pneu (DEM), também é estreante nesta política que ultrapassa os limites da cidade, reforçarão palanques e darão um novo tom de fala. E isso pode ser percebido nas falas tanto do Lisboa quanto do Luizinho, eles que nos seus discursos gostam de usar muito o termo "velha política.
Os rostos conhecidos há tempos na política podem comprometer a imagem dos candidatos. E eles sabem disso. Então o que veremos é uma campanha que ao passo que a aproximação das eleições vai acontecendo "novas" figuras vão surgir. Não que as antigas não tenham o seu quinhão de simpatizantes. O que mudou é o número de pessoas que passou a rejeitar aqueles que já são por demais conhecidos no poder. Pelo menos essa é a minha leitura. Agarra-se muito às figuras passadas pode deixar o candidato preso nas imagens do passado. E, agarrado a elas, será coisa do passado. Mais que novas propostas o que se vê é não se agarrar a tempos já ultrapassados. Assim poderá ser que Nova Iguaçu realmente tenha novas eleições.
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