quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

Uma decisão judicial

Por Almeida dos Santos 

    Em 2019 entrevistei o deputado federal Juninho do Pneu (DEM), isso antes mesmo de ele ser o escolhido para compor a vaga de vice na chapa pela qual Rogério Lisboa (PP) disputaria a reeleição. Nessa entrevista - lembro bem -, apesar das movimentações políticas que aconteciam no bastidor, Juninho do Pneu não quis tocar no assunto da sucessão municipal. Procurou falar das ações do seu mandato e, mesmo com a minha insistência em querer falar da sucessão municipal, ele disse que isso seria assunto do futuro.
    Desde quando foi presidente da Câmara de Vereadores de Nova Iguaçu, Juninho sempre foi dos aliados o que mais procurou ajudar o governo. E com as sobras dos recursos do Orçamento da Câmara, Juninho chegou a direcionar o montante que sobrou para os cofres da Prefeitura de Nova Iguaçu. E é bom lembrar que, naquele momento, com salários atrasados, toda e qualquer ajuda que o Poder Executivo pudesse ter seria bem vinda.
    A decisão do Juninho do Pneu de permanecer em Brasília, mesmo tendo ocupado o cargo vitorioso de vice na disputa eleitoral de 2020, por mais que possa nos parecer estranha e incomum, recebeu o parecer favorável da Justiça. O que levou o deputado a tomar essa decisão, e isso não sei, deve ter tido outras observações que quem está em Brasília deve imaginar ou saber.
    Fato é que a mesma Justiça que tornou o prefeito inelegível às vésperas de uma eleição, mas depois o proclamou vencedor e lhe deu a posse, é a mesma Justiça que hoje permite que o deputado permaneça em seu cargo. Tribunais diferentes mas que compõem o sistema do judiciário brasileiro. E cabe ressaltar que foi nesse judiciário que Juninho buscou o amparo legal, ainda que isso possa assustar muitos pelo ineditismo de um fato deste na cidade, mas não no Brasil.  

 

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