Por Almeida dos Santos
A expectativa de que o prefeito Rogério Lisboa faça uma reforma do secretariado está cada vez mais se distanciando. Parece que o moço está ganhando tempo ou mesmo não tem compromissos com as forças políticas que se juntaram a ele na disputa por seu segundo mandato. Vejamos o caso do Ferreirinha, por exemplo. Foi vice de Lisboa, aceitou o jogo calado de não ser reconduzido para o mesmo cargo na disputa eleitoral e, hoje, parece que está esquecido até pelo próprio governo que não sinalizou definir se ele fará parte ou não do seu secretariado. Neste momento, salvo engano, Carlos Ferreira, o Ferreirinha, não está com cargo no governo e não exerce o papel de vice. Muitos dizem que o moço poderá ir para o Esporte e Lazer, mas por enquanto essas são especulações de bastidores que correm até entre os aliados da base. Ninguém aposta que Ferreirinha será esquecido, mas por enquanto parece que não foi lembrado. Não vi nomeação com o nome dele nesse ou naquele cargo, mas acredito que ele fará parte do governo. Como o prefeito vem inovando na arte de transformar a transparência obrigatória do atos do governo em medidas de recondução de número de matrículas, e não de nomes, fica complicado acompanhar quais foram recolocados nos seus postos.
Por falar em Ferreira é impossível não lembrar do seu aliado político, o ex-presidente do PCdoB e hoje membro do PV, Fernando Cid, que foi candidato a vereador pela legenda. Ele sempre esteve nas fileiras do "exército eleitoral" de Rogério Lisboa e, inclusive, foi quem indicou a Fernanda Braga para ser a secretária municipal de Meio Ambiente, coisas e loisas...
Pelo decreto que excluiu os secretários das exonerações, creio que está nomeada ainda como a titular da pasta, órgão do governo que deverá mesmo ficar com o PV. Mas essa é uma especulação minha com base no que tenho ouvido nos entreouvidos.
Imagino que o prefeito não fará uma mudança acentuada no secretariado, mas como qualquer processo de novas composições, obedecendo a importância dos aliados no processo eleitoral, algumas devem acontecer. Mas quando vai acontecer é que são elas. E isso não é bom para o prefeito, no meu ponto de vista. Quem carregava a convicção de que faria parte do primeiro escalão do time administrativo, com essa demora e até mesmo com a falta de transparência dos atos de nomeação que, repito, está se dando por números e não por nomes, fica inseguro.
Todos sabemos que a caneta é do prefeito e essas nomeações obedecerão dois requisitos básicos: o primeiro é o da importância delas na reeleição e o segundo é a importância delas no projeto que o prefeito desenha para o seu futuro político. Mas Lisboa não vê que isso gera tensão, ainda que não visível. Quanto mais Lisboa demora a sinalizar e efetivar os quadros do seu secretariado, mais as forças política começam se ele - o prefeito - vê nelas a importância que tiveram durante todo o processo: o administrativo e o eleitoral.
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