Existem coisas que acontecem debaixo do nosso nariz e parece que é natural. Não há reação ou tampouco uma movimentação para mudar uma cultura que parece ser proposital para afastar as mulheres da política e, ou mesmo, das decisões sobre a cidade. Vejamos a que ponto chegamos em Nova Iguaçu.
Hoje a Câmara de Vereadores de Nova Iguaçu, na sua configuração de mandatos eletivos, são 11 homens e nenhuma mulher. Ou seja: da tribuna da Câmara, pelos próximos anos, não teremos falas de mulheres eleitas como vereadoras. Na legislatura passada existia uma, apenas, na composição das 17 cadeiras. Mas ela nem concorrer à reeleição concorreu, alegando inclusive, incômodos e pressões políticas.
Mas se você pensa que esse é um problema só da Câmara, então verá que é maior e afeta o município no geral. Dos 23 órgãos da administração, apenas quatro mulheres estão no comando deles. Das 18 secretarias existentes, além da PREVINI, da Procuradoria, da Emlurb, da Fenig e da Codeni, só quatro mulheres estão em destaque nesses órgãos.
Que lição a cidade está dando para a participação feminina na política ou mesmo na gestão da administração do município? O que tem sido feito de políticas públicas para que realmente a mulher iguaçuana participe do processo político administrativo e eleitoral? Enfim, algumas perguntas e a certeza de que a mulher está muito pouco representada nesse cenário ocupado desproporcionalmente por homens. ´possível mudar, mas só se tiver coragem para quebrar paradigmas.
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