Por Almeida dos Santos
Se há uma coisa interessante no momento é que nem a oposição declarada está dando tanto trabalho ao prefeito quando alguns aliados. E Rogério Lisboa percebe isso com clareza, mas se faz de desentendido para passar a imagem de que não está atento ao jogo. E a disputa pela Câmara vai evidenciar essa atenção do prefeito às movimentações dos seus aliados.
Para quem teve muitas dificuldades com os vereadores no passado, Lisboa não vai querer perder a influência sobre a Câmara e, neste caso, a Mesa Diretora é fundamental que esteja alinhada às aspirações do prefeito e dos seus apoiadores. Com o domínio da maioria, seria muito difícil Lisboa deixar que os aliados indiquem quem será o presidente da Casa para poder desfrutar de poder de barganha na administração do Executivo municipal.
Mas não é só isso, não. As próprias movimentações daqueles que querem comandar o Poder Legislativo vem sendo observadas, o que pode render uma ação inversa na futura composição do governo. Quem muito quer pode levar pouco e, ainda, ter que se contentar com o espaço que lhe for ofertado para compor com o Governo.
Ainda que o Rogério Lisboa tenha lá as definições que aguardam o trânsito em julgado, fazer uma espécie de "seguro" no Poder Legislativo é o caminho que deverá tomar. E neste caso o escolhido deverá ser um presidente que ele possa "chamar de seu" e não somente de aliado. Uma espécie de letra de Erasmo Carlos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.