Por Almeida dos Santos
Hoje fiquei espantado! Espantado com o povo espantado pelo vice-prefeito eleito, deputado Juninho Pneu (DEM), ter tido o direito cedido pela Câmara de Vereadores de Nova Iguaçu para assumir só depois de passados quase 50% do mandato em que deveria participar. Mais precisamente quando estiver faltando um mês para terminar o seu mandado de deputado federal, isso lá para 2022. Esse assunto já foi abordado aqui e em outros jornais locais, mas parece que nesta manhã, por causa de um artigo escrito no jornal O Dia falando deste caso, parece que virou realidade e aí sim as pessoas se preocupam.
Olha, isso não é a única coisa que aconteceu e o susto só veio depois. Não foi, mesmo. A própria redução de cadeiras na Câmara, baixando de 17 para 11, foi um tema que muitas vezes abordei antes mesmo da votação. Mas aconteceu e o número foi reduzido. Inclusive vereadores que votaram a favor foram atingidos por suas próprias iniciativas. O que isso nos mostra?
Bom, mostra que o Poder Legislativo virou uma "caixinha de surpresas". Mas uma caixinha de surpresas para lá de assustadoras. E nos últimos tempos o parlamento de Nova Iguaçu só virou notícia pelos fatos inusitados e as anomalias criadas, ainda que "permitidas", mas produzidas pela Câmara. E vou cantar a pedra antes que se assustem com o futuro do Poder Legislativo. Este pode ser pior que o que passou, assim como esse que termina foi pior do que o que o antecedeu.
Se os novos vereadores que tomarão posse no próximo ano não mudarem essa características que vem marcando as ações do Legislativo, a imagem da Câmara de Vereadores de Nova Iguaçu continuará neste declínio até que um dia os próprios eleitos poderão sentir vergonha da Casa. Não duvidem que isso possa acontecer.
Ou a Câmara se renova e se readéque nas suas ações, visando dar uma nova imagem, ou então teremos um Poder Legislativo que será exemplo na Baixada, no Rio de Janeiro e no Brasil, de um parlamento distante do povo e "encrenqueiro" com a normalidade das instituições e do povo o qual representa.
Para mostrar que valeu essa redução de cadeiras, os novos vereadores terão a responsabilidade de terem uma produção legislativa que não fique no campo das honrarias concedidas pela Câmara, tais como medalhas e títulos, e passe a legislar como uma espécie de "ouvidoria da cidade". Não como uma ouvidoria do Executivo, mas como uma ouvidoria do parlamento e que busque, com ela, equalizar o diálogo. Receber demandas e debater as mesmas em plenário, criando leis e iniciativas dentro de um processo participativo no incremento da sua produção de leis.
Um legislativo fazendo a mesma coisa terá o mesmo resultado. Se as anomalias iguaçuanas serão as marcas deste poder, tenha certeza que a Mesa Diretora da Casa terá a imagem e a pecha de ser a maior produtora do desagrado do povo o qual a elegeu.
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