domingo, 20 de dezembro de 2020

Começa agora a viabilização de uma candidatura sucessora

    Por Almeida dos Santos 

       Rogério Lisboa irá governar sob o incômodo de ter dois potenciais sucessores na sua base aliada. Um é o deputado Juninho do Pneu (DEM) e o outro é o deputado Dr. Luizinho (PP). É claro que nenhum deles vai assumir, publicamente nos próximos meses, o interesse pelo cargo de prefeito. O discurso de que estarão preocupados em ajudar o município será comum de se ver, mas por trás disso estará uma disputa interessante que na própria composição do secretariado e nas ações da Câmara ficará evidente.
    Aquela frase de buscar o sucesso do governo municipal só irá até o momento em que o prefeito e o seu grupo político mostrar quem irá apoiar em 2024. Daqui até lá será a disputa não pelo espaço, apenas. Mas pelo prestígio e pelo empenho da palavra do prefeito em quem irá apoiar.
    Por enquanto, até pela distância no que se refere ao tempo, eles farão parte do governo municipal em plena harmonia, mas chegará o momento de ambos marcarem espaço. E será nessa ocasião que o conflito governamental poderá ganhar força.
    Tanto Juninho do Pneu quanto o Luizinho trabalharão para construir as alianças externar e internas, agindo assim para ganharem a musculatura necessária para a escolha dentro do grupo ou na construção de um grupo capaz que garantir ao prefeito uma condição de viabilidade eleitoral para a sucessão.
    Alguns leitores podem dizer que esse texto é muito adiantado, mas não. Político constrói o seu planejamento eleitoral com tempos de antecedência. E aí a disputa pelo espaço no governo é primordial.
    O perfil deles são totalmente diferentes. O modus de operarem na política também. Luizinho deverá voltar mais os seus olhos para uma turma formadora de opinião na cidade, isso no sentido de gerar uma aura de candidatura sucessora. Se Juninho permanecer fora da máquina, ele terá que operar de modo que não perca forças dentro do governo, caso contrário esse espaço será ocupado pelo o seu potencial adversário no futuro.
    As mudanças que Rogério Lisboa deverá fazer no governo deverá observar esse cenário e as nomeações podem ser equilibradas na correlação da equiparação de forças que dará a cada um deles. S tender para um mais que para o outro ficará visível a sua opinião ou preferência. Portanto, a configuração do secretariado e a divisão dos poderes e responsabilidades institucionais dará uma pequena pala do futuro, isso sem considerar o que virá da Câmara, razão que faz todos ficarem de olhos voltados para ela para saber quem será o presidente. E aposto que Lisboa vai escolher alguém que seja extremamente vinculado a ele e que não tenha tendência a deputa A ou deputado B. Hoje, por exemplo, esse nome é o do Dudu Reina, que até por sorte foi eleito em um partido que não é vinculado diretamente a nenhum desses deputados. Assim também ele deverá escolher o líder de governo. Alguém que seja ligado ao prefeito e que não seja um "satélite" de um desses deputados.
    Conheço um pouco o Luizinho e sei da sua habilidade no bastidor para essas alianças. Com uma possível filiação do presidente Jair Bolsonaro no seu partido, que por sinal é o partido do prefeito, Luizinho sai na frente e isso explica os acontecimentos.
    Vamos aguardar como será fatiado o poder nas estruturas da administração. Assim será mais fácil de ver a quem Lisboa entregará parte da responsabilidade do governo e da construção da candidatura sucessora. 
 

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