sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

O pule

Por Almeida dos Santos  

A soma dos votos dos vereadores eleitos atinge o montante de 78.310 votos. O número de eleitores que foram às urnas para escolher os parlamentares foi de 369.413 eleitores. Neste sentido podemos dizer que a Câmara eleita representa 21,19% dos votos válidos. Ou seja: os vereadores eleitos representam uma parcela importante do eleitorado que compareceu às urnas, mas é bom lembrar que esse percentual era esperado pela redução do número de candidatos à vereança.

O presidente da Câmara, Felipinho Ravis (Solidariedade) foi o mais votado, com 10.962 votos e entra para a história do Legislativo como um dos vereadores mais votados de todos os tempos.  E é isso que me chama a atenção.

Apesar de presidir o Poder Legislativo, não vi no Felipinho algo que o fizesse merecer destaque na história da Câmara desde quando a cubro. Mas isso não tira dele legitimidade de colocar essa informação no seu curriculum, quiçá o credenciamento para disputar, em 2022, um outro cargo.  E me parece que a disputa pela presidência da Câmara passa por aí.

Assim como o Felipinho tem a visão da sua votação e pode querer colocá-la à prova em 2022, outro vereador que deverá flertar com com as eleições vindouras é o Carlinhos BNH (PP), que já concorreu a deputado estadual em 2018, obtendo 13.607 votos que não foram computados, isso numa ocasião que  fez uma aliança com o Dr. Luizinho (PP) que concorreu para deputado federal. Dr. Luizinho teve, só em Nova Iguaçu, 31.188 votos, e parece que ele ajudou muito o Carlinho BNH, que se tiver uma mandato com mais visibilidade,  partir do ano que vem, e repetir a dobradinha, poderá ter uma segunda chance com mais estrutura e musculatura política. Mas vai depender muito do seu mandato até lá.

O que quero dizer com isso. Digo que o Filipinho Ravis e o Carlinhos BNH são dois vereadores reeleitos que podem fazer parto do rol de candidatos em 2022. E nisso implica na disputa pela presidência da Câmara neste momento, por isso é o que faz o olhar para quem comandará o Poder  Legislativo muito mais atento pelos deputados e pelo próprio governo.

Por essa razão acredito que nem um e nem o outro terá facilidade, isso caso coloquem os seus nomes na disputa pela presidência da Câmara, mas isso não tira deles uma certa força eleitoral e de interesse externo político, o que fará o prefeito Rogério Lisboa "abençoar" aquele que não lhe possa oferecer trabalho para os seus planos futuros. Neste sentido vejo o Dudu Reina o "pule" apaziguador para presidir o Legislativo.    


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