quarta-feira, 29 de julho de 2020

Um novo desenho eleitoral

A saída do deputado estadual Delegado Carlos Augusto (PSD) do bloco de apoio de reeleição do prefeito Rogério Lisboa (PP) é só mais uma das movimentações recentes na configuração no grupo governamental. A deputada federal Rosângela Gomes (Republicanos) foi outra que deixou a base e anunciou que virá candidata a prefeita. A questão é a que ponto isso pode afetar o governo ou abrir espaço para as novas composições, já que o PV, por exemplo, antes apagado na cidade, agora pode ganhar um espaço maior com os nomes do Tuninho da Padaria e do Carlos Ferreira, o Ferreirinha, filiados nele. 
Lisboa ao se filiar ao PP garantiu na sua base o apoio do deputado federal Drº Luizinho (PP). Ele conta ainda com o apoio dos Democratas (DEM) do seu aliado e amigo Rodrigo Maia, assim como mantém o PDT próximo ao garantir a secretaria de Esportes sob o domínio da legenda. Ampliou a sua base e o MDB, partido que era do seu então adversário Max Lemos, hoje no PSDB, pode ficar na base de Lisboa.
A construção desta frente ampla de partidos seria é o suficiente para garantir ao prefeito uma certa tranquilidade quanto à reeleição? Talvez! Mas nas últimas eleições municipais cujos principais candidatos ocupavam o cargo de chefia da máquina administrativa não serviu. A frente ampla da Sheila Gama, pelo então PDT, assim como a do Bornier pelo MDB, não garantiram a vitória.
Assim como Sheila se acomodou no processo eleitoral acreditando na presença maciça do Lindbergh Farias (PT) como principal cabo eleitoral e assim perdeu para o então adversário Nelson Bornier, o próprio Bornier foi outro que demorou ir para as ruas no primeiro turno de 2016 e só saiu quando viu o crescimento do Rogério. O mesmo tem acontecido com Rogério Lisboa agora, que na comodidade do poder tem ficado à sombra dele enquanto o seu principal adversário, Max Lemos (PSDB), tem andado pelas ruas da cidade usando do seu mandato para dialogar com o povo.
O que digo é que o mesmo clima de "já ganhou" que invadiu as bases da Sheila Gama, assim como a do Bornier que não acreditava no crescimento do Lisboa, é o mesmo clima que que parece irradiar sobre a cabeça do atual prefeito que imagina ser "recoroado" sem fazer esforço. Então, tá!

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