quarta-feira, 22 de julho de 2020

Movimentações animam a disputa

Por Almeida dos Santos

Uma coisa está evidente neste momento do jogo pela disputa de Nova Iguaçu. Trata-se da polarização nas ruas e nas redes entre os candidatos Rogério Lisboa, que vai buscar a reeleição, desta vez pelo PP, e o deputado estadual Max Lemos, que saiu do MDB, ensaiou conversa com o PDT mas acabou filiando-se ao PSDB. Tanto Max quanto Lisboa alteraram os partidos para terem uma melhor condição na disputa. E o curioso é que ambos já tiveram fichas no PDT. 

Max Lemos, desde março do ano passado, já sinalizava a sua saída do MDB por questões de disputa interna e, é claro, pelas condições que o partido se encontra no Rio de Janeiro. A prisão do ex-governador Pezão, além de Jorge Picciani, figuras proeminentes e que deixaram marcas e manchas no MDB do Rio, sem contar com o efeito Sérgio Cabral, foram as condições para Max buscar viabilizar a sua candidatura abrindo conversas com algumas legendas, entre elas o PODEMOS o PSDB, esta última que virou a moradia partidária atual dele. É bom lembrar que disputar contra Lisboa em Nova Iguaçu seria uma dificuldade para Max no MDB, tudo porque o Leonardo Picciani provavelmente criaria problema. 


A movimentação partidária do prefeito Rogério Lisboa se deu por outros motivos. Com a segurança de que o DEM do aliado Rodrigo Maia está na sua base, Rogério se movimentou para o PP na busca de uma aproximação com o deputado Drº Luizinho, ele que até então era um potencial adversário. Nesse caso colocaria não apenas o Drº Luizinho na sua campanha, como também puxaria para o seu palanque uma legenda e o presidente estadual dela.


O que acontece agora é que Lisboa permanece no seu mesmo campo político, porém ainda tem a questão do vice um assunto que deverá tratar para evitar melindres maiores dos que acontecem neste momento com aliados. Um dos exemplos é o partido do Brazão, que conta com membros no governo de Lisboa e também estava sendo visto como um partido que indicaria o vice, o Avante.


O que aparece neste cenário atual é o Max Lemos buscando resolver a questão da sua saída do MDB, enquanto o Lisboa busca resolver a entrada do seu vice na chapa. E neste entra e sai o que se nota é se Max está pagando um preço por sair do MDB, Lisboa pagará outro preço por entrar no PP e em uma nova composição de aliados. Lisboa também precisa resolver o processo que responde sobre “fake news”, afinal aguarda decisão fundamental para a sua segurança política na disputa de 2020. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.