Quem me conhece por um tempo sabe que sempre mantive uma amizade com o jornalista Ricardo Boechat, este que se despede de nós deixando um vácuo enorme no bom jornalismo brasileiro. Ricardo, quando falávamos ao celular, me chamava de "príncipe". Às vezes chamava de Almeida, muitas vezes me chamava de Príncipe da Baixada. Chegou até a me convidar para trabalhar com ele, mas em razão de algumas circunstâncias que ainda faltavam ser fechadas, não se concretizou. Ele assumiria a coluna Informe do Dia, hoje sob os cuidados de outro grande amigo, o jornalista Cássio Bruno. Mas acabou assumindo uma outra coluna, também no O Dia, às quintas-feiras, e imagino que seria para ajudar nela.
Quando fui convidado pelo Boechat, ele pediu para esperar porque estava finalizando o que faria em termos de equipe caso o seu projeto fosse aprovado. Na Baixada eu faria parte do que ele pretendia, mas não me disse bem o que era. Portanto não quero afirmar qual seria esse projeto.
Em certa palestra na ABI, se não me falha a memória, o premiado jornalista Élcio Braga me ligou. Me ligou para dizer que estava participando de uma palestra e que o Boechat havia me citado como forma de resistência em um período não muito bom aqui em Nova Iguaçu. Fiquei surpreso, pois jamais imaginava que ele teria essa consideração tamanha comigo. Mas quero falar do outro lado do Boechat. O lado responsável demais com as informações. Sempre que havia uma notinha entre nós, ele fazia questão de pedir para eu aprofundar no assunto. E brincalhão como só, dizia que eu não podia ser raso. Aliás, quem me conhece ou acompanha sabe que sempre usei o termo "melelê" em notinhas mais picantes. Me apropriei disso do Boechat, que ele sempre me falava: "Isso vai dar melelê"".
Cláudia Maria, minha amiga irmã, madrinha e afilhada, foi repórter do O Dia por longa data. Escreveu comigo em um outro blog que eu possuía e vai escrever aqui como foi, na visão dela, os meus contatos com o Ricardo Boechat, este que deixará comigo a grata lembrança de ter partilhado com ele mais que informações, mas sim trocas de risas com em razão das situações que conversávamos. Boechat, muito obrigado por tudo. Muito obrigado pelo o seu carinho. Muito obrigado pelos seus ensinamentos.
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