Quem se der ao trabalho de observar o comportamento do prefeito Rogério Lisboa (PR) em relação aos partidos, perceberá que não existe institucionalização dessa relação no governo com eles. O PT, que vai soltar nota de que não faz parte da administração, é um exemplo claro disso, mesmo tendo apresentado Carlos Ferreira como vice à época estava no PT. Isso mostra que o prefeito prefere manter diálogos com pessoas e não com as instituições partidárias. Ele só pensa em partido na composição da chapa para a disputa eleitoral. Fora isso ele não dá a mínima.
A decisão do Partido dos Trabalhadores de tirar nota e dizer que não faz parte do governo é só um reflexo desse entendimento de política adotada pelo prefeito. E isso pode complicar Lisboa caso o moço tente se lançar a reeleição. Outras legendas, se tiverem o mesmo posicionamento que o PT tomará, pode até afetar o comportamento dos seus vereadores na Câmara e se cobrados serem orgânicos seguindo orientações partidárias.
Quando Lisboa ignora o diálogo partidário, achando que nomeando um o outro ele conta com o apoio da legenda, assume o risco de ver a sua base ruir no momento que ele mais precisar. E esse comportamento é o que enfraquece a sua base. É que os partidos em Nova Iguaçu, salvo um ou outro, não são organizados. E neste sentido qualquer pré-candidatura majoritária que comece a estabelecer diálogos com as lideranças partidárias poderá tomar de Lisboa esses reforços, tanto na aliança majoritária quanto na base. Ou pode acontecer pior: achar que tem algo que não possui e possuir nas ruas aquilo que acha que não tem.
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