quarta-feira, 9 de junho de 2021

Ilhas no mesmo oceano

Por Almeida dos Santos

Quando um governo tem um "mapa" ou mesmo um "organograma" da sua própria estrutura e não percebe que muitos setores não trabalham integrados, ao até mesmo fora de sintonia, fica mais fácil poder fazer as movimentações necessárias para a chamada integração governamental que tanto falo aqui. Não adianta ter ações se elas são soltas e não integradas, isso deixando de atingir um potencial maior das suas atividades. Elas podem existir, mas o que deveria ser a regra é a harmonização das ações governamentais. Em outras palavras digo que o governo deveria integrar as secretarias em parcerias entre elas.
Vou continuar insistindo no que venho notando da prática que poderia potencializar as ações do governo, essa que é a integração de setores. É muito comum na política os grupos políticos atuarem de forma isolada dentro do mesmo campo administrativo, atuando como ilhas dentro de um oceano que é a administração pública. Não pode o interesse eleitoral interferir nessas parcerias.
Em alguns casos consigo ver parcerias governamentais importantes é que fazem determinados campos da administração pública avançarem significativamente nas suas áreas afins. Mas, por outro lado, vejo que muitas secretarias da estrutura do governo trabalharem como se estivessem soltas e deslocadas deste processo, ato que acabam fazendo com que virem "ilhas" distante dentro do "oceano" que é a administração.
Hoje, no meu ponto de vista, para potencializar as ações do governo seria necessário um setor próprio para promover a integração governamental. Uma espécie de canal de aproximação das próprias secretarias nos seus projetos afins. Não há setor que não dependa de outro para que o conjunto do serviço seja realizado aos contentos e harmônicos. Para exemplificar e citar uma imagem que ilustra o exemplo que falo é o seguinte: imaginem um condomínio da casas e cada uma tocando uma música diferente ou se estilos conflitantes entre si, tudo no mesmo momento. Uma espécie de "Torre de Babel" em que as linguagens se dão em idiomas ou dialetos diferentes. Isso é o que vejo acontecer no jogo político onde a vaidade de um setor não permite que se aproxime de outro tão vaidoso. Acredito, no meu ponto de vista, que apesar da aceitação e popularidade do governo municipal, ela poderia ser maior se houvesse essa integração. Não é intercâmbio, mas sim integração. Quando há integração a mensagem levada é a mesma que caracteriza a figura única. Mas quando cada um fala por si, isso faz parecer que muitas vozes não se comunicam na mesma linguagem do governo e deixam de entoar o mesmo som. 


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