Dez mulheres que se destacaram de forma relevante em seus campos de atuação na luta pela igualdade, cidadania e direitos das mulheres fluminenses no Estado do Rio receberam o Diploma Leolinda Daltro pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), durante solenidade virtual realizada nesta sexta-feira (30/04). A premiação é prestada pela Alerj há 18 anos e este ano acontece no Dia Nacional da Mulher.
Devido à pandemia, a equipe da comissão procedeu, na quarta-feira (28/04) e na quinta-feira (29/04), a entrega de flores e do diploma na residência das homenageadas, que são lideranças comunitárias, delegadas, advogadas, assistentes sociais, líderes de movimentos sociais e de mulheres, indicadas por diferentes instituições, movimentos e organizações de defesa das mulheres.
“Premiar as mulheres a cada ano, desta vez no dia dedicado à mulher brasileira, tem um valor inestimável no combate ao sexismo, à misoginia e a todos os outros crimes de discriminação contra o gênero. As homenageadas são imprescindíveis na atual conjuntura política que trabalha pelo retrocesso das conquistas civilizatórias que fizemos constar na Constituição de 88”, declarou a presidente da comissão, deputada Enfermeira Rejane (PCdoB).
Umas das homenageadas, a procuradora de Justiça, Carla Rodrigues Araújo de Castro, indicada pela Associação Brasileira de Mulheres de Carreira Jurídica (ABMCJ), destacou a importância do prêmio. “Estou muito feliz em receber esse prêmio com o nome da Leolinda Daltro, que lutou pelo direito ao voto. Hoje parece hoje algo tão comum e tão fácil, mas não foi assim. Precisamos de mulheres como Leolinda e tantas outras que lutaram por isso. É nossa responsabilidade lutar por tantos outros direitos também”, disse.
Também foram premiadas a assistente social Ana Maria Leone de Jesus, indicada pelo Fórum Municipal dos Direitos da Mulher de Duque de Caxias; a pedagoga Cecília Ribeiro Cabral, indicada pela Câmara Municipal de Mangaratiba; a advogada Deborah Maria Prates Barbosa, indicada pelo Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB); a artesã Eliane Freixo dos Santos Borde, indicada pelo Fórum Estadual de Economia Solidária; a professora Gessinéia Moreira Santos, indicada pela Federação de Mulheres Fluminenses (FMF); a delegada Giselle do Espírito Santo, indicada pelo Sindicato dos Delegados de Polícia (SINDEPOL); a aposentada Juçara Portugal Santiago, indicada pela Associação Missão Resplandecer (AMIRES); a bióloga Leticia Ribeiro de Oliveira, indicada pela Casa de Cultura da Baixada Fluminense; e a politóloga e advogada Vânia Siciliano Aieto, indicada pelo Partido Democrata Trabalhista (PDT).
Quem foi Leolinda Daltro
Leolinda Daltro foi uma professora precursora do feminismo no Brasil. Nasceu na Bahia em 1859 e viveu na cidade do Rio de Janeiro grande parte de sua vida, atuando, em meio à implantação do projeto republicano de Estado, no magistério público e no movimento pelos direitos das mulheres. Em 1910, fundou o primeiro partido político feminista brasileiro: Partido Republicano Feminino, além de fundar três jornais dedicados à mulher. Em 1917, durante a República Oligárquica, liderou uma passeata exigindo a extensão do voto às mulheres no país.
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