sexta-feira, 30 de abril de 2021

Comissão da Alerj homenageia destaques na luta pelos direitos da mulher

    Dez mulheres que se destacaram de forma relevante em seus campos de atuação na luta pela igualdade, cidadania e direitos das mulheres fluminenses no Estado do Rio receberam o Diploma Leolinda Daltro pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), durante solenidade virtual realizada nesta sexta-feira (30/04). A premiação é prestada pela Alerj há 18 anos e este ano acontece no Dia Nacional da Mulher.
    Devido à pandemia, a equipe da comissão procedeu, na quarta-feira (28/04) e na quinta-feira (29/04), a entrega de flores e do diploma na residência das homenageadas, que são lideranças comunitárias, delegadas, advogadas, assistentes sociais, líderes de movimentos sociais e de mulheres, indicadas por diferentes instituições, movimentos e organizações de defesa das mulheres.
    “Premiar as mulheres a cada ano, desta vez no dia dedicado à mulher brasileira, tem um valor inestimável no combate ao sexismo, à misoginia e a todos os outros crimes de discriminação contra o gênero. As homenageadas são imprescindíveis na atual conjuntura política que trabalha pelo retrocesso das conquistas civilizatórias que fizemos constar na Constituição de 88”, declarou a presidente da comissão, deputada Enfermeira Rejane (PCdoB).
    Umas das homenageadas, a procuradora de Justiça, Carla Rodrigues Araújo de Castro, indicada pela Associação Brasileira de Mulheres de Carreira Jurídica (ABMCJ), destacou a importância do prêmio. “Estou muito feliz em receber esse prêmio com o nome da Leolinda Daltro, que lutou pelo direito ao voto. Hoje parece hoje algo tão comum e tão fácil, mas não foi assim. Precisamos de mulheres como Leolinda e tantas outras que lutaram por isso. É nossa responsabilidade lutar por tantos outros direitos também”, disse.
    Também foram premiadas a assistente social Ana Maria Leone de Jesus, indicada pelo Fórum Municipal dos Direitos da Mulher de Duque de Caxias; a pedagoga Cecília Ribeiro Cabral, indicada pela Câmara Municipal de Mangaratiba; a advogada Deborah Maria Prates Barbosa, indicada pelo Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB); a artesã Eliane Freixo dos Santos Borde, indicada pelo Fórum Estadual de Economia Solidária; a professora Gessinéia Moreira Santos, indicada pela Federação de Mulheres Fluminenses (FMF); a delegada Giselle do Espírito Santo, indicada pelo Sindicato dos Delegados de Polícia (SINDEPOL); a aposentada Juçara Portugal Santiago, indicada pela Associação Missão Resplandecer (AMIRES); a bióloga Leticia Ribeiro de Oliveira, indicada pela Casa de Cultura da Baixada Fluminense; e a politóloga e advogada Vânia Siciliano Aieto, indicada pelo Partido Democrata Trabalhista (PDT).

Quem foi Leolinda Daltro

    Leolinda Daltro foi uma professora precursora do feminismo no Brasil. Nasceu na Bahia em 1859 e viveu na cidade do Rio de Janeiro grande parte de sua vida, atuando, em meio à implantação do projeto republicano de Estado, no magistério público e no movimento pelos direitos das mulheres. Em 1910, fundou o primeiro partido político feminista brasileiro: Partido Republicano Feminino, além de fundar três jornais dedicados à mulher. Em 1917, durante a República Oligárquica, liderou uma passeata exigindo a extensão do voto às mulheres no país.

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