quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

O desafio de Lisboa


Neste momento são poucos os nomes que efetivamente figuram ou declaram a pretensão de serem candidatos a prefeito em Nova Iguaçu. Do próprio Rogério Lisboa (DEM), que seria o concorrente natural à reeleição, já circulou boatos que ele não tentaria, Prestem bem a atenção no que escrevi: BOATOS. Mas, sem dúvidas, o poder é sedutor e tenho pra mim que ele é neste momento o único que está na posição estratégica de ser. E aí vem a pergunta: Quais são os nomes que efetivamente aparecem numa lista de possíveis candidatos em Nova Iguaçu? Ora, fora Lisboa, neste momento não há nomes tão consolidados assim. 

O Luisinho (PP), ex-secretário de Saúde e que foi eleito com significativa votação para deputado federal, durante a campanha para o Congresso já tinha assessores afirmando a sua candidatura para prefeito estava consolidada. Mas só depois da sua posse em Brasília é que ele deverá reaparecer no cenário. E assim será possível ter a noção de se ele vai disputar a sua primeira candidatura majoritária, diferente do que é concorrer a uma vaga no legislativo com uma máquina na mão.

Do PSL, partido que é do presidente Jair Bolsonaro, ainda não tem um nome definido. Mas dentre as legendas da cidade e do cenário político é o que tem mais material (nomes) eleitoral para apresentar. Pode ser o Anderson da Margareth, a Raquel Estasiask (ela já manifestou desejo). Há também o Hélio Negão – é assim que ele se apresenta - que já foi candidato a vereador pelo PSC, em 2016, em Nova Iguaçu, e recebeu míseros 480 votos. Mas para deputado federal ele foi eleito, pasmem, com 345.234 votos. Não é porque ele tem coerência partidária ou foi fenômeno de estreia. Hélio Negão já passou pelos seguintes partidos: PRP, PTN, PSC e agora está no PSL. Pelo PRP, Negão concorreu a vereador em Queimado e obteve 277 votos. Mas o jogo agora é outro e Hélio, por sua proximidade a Bolsonaro, talvez mantenha o seu foco em Brasília.

O PT por enquanto ainda deve consultar as bases. Berriel, que já ocupou um período na Câmara, já confidenciou que se for do interesse do partido ele empresta o seu nome para concorrer.
Não vejo até o momento um nome do PDT, legenda que nas últimas eleições municipais sempre teve um papel de marcar espaço. Nem mesmo o Luiz Martins terá influência, afinal imagino que ele ficará distante da política por um tempo.

Já a deputada federal Rosângela Gomes, do PRB, e que já foi candidata a prefeita, talvez seja hoje uma importante aliada, dependendo do grupo. E pelo conservadorismo deve manter-se aliada do PSL, afinal a sua legenda pediu para Bolsonaro na própria voz do Bispo Macedo, líder político-religioso.
Como em toda eleição municipal o papel do governador é importante, o que pesa contra Lisboa é a aliança entre Nelson Bonier e Garotinho, hoje adversários do prefeito e aliados do governado Wilson Witzel (PSC). E talvez venha daí um grupo que pode até buscar o PSL para uma composição, o que seria uma dificuldade para o prefeito em razão da musculatura eleitoral que essa parceria PSL/PSC pode gerar.

Se o Rogério Lisboa não repactuar uma aliança local mais ampla e deixar de governar apenas com Rodrigo Maia (DEM), ele ficará sujeito a perder para um poste. Se ele duvida, que aposte nisso.

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