terça-feira, 30 de junho de 2020

Auxílio da Lei Aldir Blanc é maior que a soma dos dois últimos anos de Orçamento para a Cultura

A secretaria municipal de Cultura desenvolveu, com o merecido reconhecimento aos seus técnicos e agentes, a forma como irá cadastrar os artistas e grupos que atuam na cidade para serem contemplados com os recursos da Lei Aldir Blanc. Um trabalho merecedor do louvável reconhecimento. Sendo que esta situação deixa evidente o que este Blog tanto falou e ninguém deu a atenção: os parcos recursos previstos para investimentos na Cultura no Orçamento Municipal. Uma culpa do prefeito Rogério Lisboa que nunca viu a pasta como importante na estrutura administrativa da cidade. Macus Monteiro, secretário de Cultura, assim como a sua equipe, fazem das tripas coração para manter a secretaria de Cultura ativa e capaz de oferecer, com o pouco que tem, as atividades que ficam centralizadas na Casa de Cultura. São belas exposições, sem contar com a Feira Iguassú, que nas poucas edições feitas atraiu um público muito grande de pessoas. 
Mas o que veio para mostrar que a Cultura nunca esteve nos planos do prefeito são as dotações orçamentárias desde quando ele passou a assumir o Orçamento Municipal. No primeiro ano herdou e atribuiu a dívida deixada pelo ex-prefeito Bornier como empecilho para investir em Cultura. No segundo ano ainda a mesma ladainha. No terceiro ano nem pensou nisso. E se dependesse apenas do prefeito Rogério Lisboa, pelo que vejo, este ano, ele não colocaria uma "prata" na Cultura. Se não fosse a Lei Aldir Blanc não teria essa verba que a equipe da Secretaria de Cultura está preparando para ser direcionada aos artistas da cidade.
Vamos ser sincero: A Lei Aldir Blanc é um recurso emergencial vindo dos cofres federais, o que representa R$ 4.876.670,66. Mas esse dinheiro emergencial, muito bem vindo para a classe artística e cultural da cidade, é maior que todos os orçamentos feitos para a Cultura e que saíram da cabeça do prefeito Rogério Lisboa, que sempre deixou a pasta e o setor à minguá no que se refere a aplicação de verbas. Para se ter noção, o Orçamento previsto para a Cultura em 2020, segundo peça orçamentária apresentada pelo prefeito, é de R$ 1.895.000,00 e menor que o de 2019, ele que foi R$ 2.293.000,00. Somados os Orçamentos dos dois anos passados eles atingem a cifra de R$ 4.188.000,00  pensados pelo prefeito Rogério Lisboa para a Cultura em 2019 e 2020. Isso não dá o que a verba emergencial chega para a área e é de 4.876.670,66. Para finalizar e sendo direto, a soma dos dois últimos orçamentos planejados pelo Município são aproximadamente quase R$ 485 mil a menos que a verba emergencial. Se for assim, acho que viver na emergência rende mais para a Cultura. 

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