Rogério Lisboa teve de tudo para sagrar-se um prefeito que escreveria o seu nome na história mudando as formas de se fazer política e dar a Nova Iguaçu a inauguração de uma era diferente de governar. Primeiro venceu Bornier no primeiro e segundo turno com uma diferença de votos que o consagrou para isso. Mas não usou. E no início até que foi bem.
Sabendo da dívida herdada do seu antecessor e que configurou três folhas salarias, Lisboa apostou na austeridade administrativa e financeira na repactuação de contratos para gerar economia. Uma medida correta, mas que passando mais de 50% do seu mandato, agora o que se vê é o prefeito isolado no seu próprio grupo, preso na necessidade de cumprir alguns acordos políticos com a manutenção de secretarias dadas aos seus aliados de fora e, ao mesmo tempo, com a saúde financeira do cofre não tão boa assim. Equilibrada, talvez!
A relação com o Poder Legislativo é a mais frágil que se possa imaginar. Suas alianças partidárias são as menos institucionais possíveis, pois os suas alianças políticas estão no campo das personalidades e não nas alianças e relações partidárias. Para piorar, a sua relação política com os atores político da cidade não lhe dá um bom suporte para uma base eleitoral forte. Sintetizando: Lisboa não conseguiu criar em torno do seu nome essa tríade de forças no projeto político, no projeto de alianças partidárias e no seu projeto eleitoral.
No projeto de alianças o Lisboa não manteve a institucionalidade nas relações. Isso significa que não construiu e nem instituiu como parceiros os partidos locais. Ficou apenas nas personalidades dos partidos. No seu projeto político não dominou como devia a boa relação com a Câmara, mantendo uma independência, mas sendo harmônico. Perdeu tempo com desgastes políticos que afetam o o seu lado eleitoral. E por último o seu projeto eleitoral se vê ameaçado pelos dois outros pilares que mantém um político. Em suma vejo que o Rogério Lisboa não teve boa gerência nesses campos por não ter feito um grupo que interagisse no eleitoral, no partidário e no institucional.
Antes e perder para qualquer adversário, Lisboa perde para o tempo. Não vejo que agora há tempo para a repactuação no fortalecimento dessas três vertentes: a política, o partidário, ambas que amarram o eleitoral.
Pode ser que um fato novo ou um novo prefeito de fato possa surgir no comportamento do Rogélio Lisboa na forma d se fazer política. Mas agora o tempo virou o quarto elemento mais difícil de se ter para poder reformular os outros três. Mas vamos observar, a política também pode não seguir certas lógicas. Mas agora até o tempo virou adversário.
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