O imediatismo eleitoral não pode contaminar o crescimento planejado e sustentável de Nova Iguaçu. E isso é uma responsabilidade dos partidos e de todas pessoas, órgãos e entidades que formam a cidade e fomentam a sua vida. Mas, do jeito que a coisa está, demorará muito para Nova Iguaçu ser grande. Não falo só da economia, do desenvolvimento social ou qualquer outro indicador vinculado ao município nas últimas décadas ou em tempos recentes. Falo da nossa falta de coragem em admitir que a eleição está a todo vapor, com os grupos se organizando, cheia de pré-candidatos, mas pouco se fala de projetos políticos que tenham reais propostas pensadas e debatidas, tanto no campo da administração quanto para o desenvolvimento da cidade e o seu crescimento, bem como nas linhas gerais dos avanços que devemos discutir. No momento o que se fala são projetos eleitorais. E o que nesses projetos está reservado para a cidade e seu povo? A mera troca de grupos políticos, num passe de mágica, resolveria os nossos gargalos e nos colocaria no eixo do desenvolvimento humano, social e econômico? Nos colocaria em patamar mais elevado apenas com um estalo de dedo e um “confirme” nas urnas? Isso requer planejamento, debate à exaustão e propostas bem pensadas e estudadas para fugir dessa estagnação que se encontra e se sente na cidade.
Cada um dos postulantes tem por dever que lhe confere o desejo pelo cargo a que pretende, no mínimo, a necessidade de apresentar esses planos, muitas vezes chamados de Plano de Governo. Por qual razão digo isto. Se o Centro de Nova Iguaçu é um referencial visível do que se espalha pela cidade, caminhem então por ele e vejam quantas lojas fechadas servem de abrigo para aquelas que pessoas mais necessitadas que as transformam em moradia. Quantos postos de empregos fechados. Quanta estagnação na mesma imagem se repete nos últimos anos. Até quando só estará nas falas dos cabos eleitorais aquilo que deveriam sair das vozes dos técnicos e pessoas que deviam planejar a cidade? Todos juntos, na verdade.
Levantar prédios é sinônimo de ocupação com área construída, mas não de construção de desenvolvimento nas mais variadas vertentes que afetam um município, seja no campo social, humano e econômico. Nova Iguaçu já é grandinha o suficiente para perder tempo com falas sem propostas e sem perspectivas reais para o seu crescimento. E aí vou chamar a atenção de muitos órgãos classistas. Eles parecem que grudam na imagem do vencedor ou no “pule de dez” das eleições achando que tudo será resolvido na simpatia casual dos interesses da classe. E aí montam os seus “coretos e palanques” pós-vitória, engam a si mesmos ou vivem nas suas desilusões esperando mais quatro anos para ver se a sorte lhes conferem uma coincidência no acerto.
Esse vazio da falta de debate não deveria ser assim. Nossa política deveriam ao menos respeitar a nossa condição de cidade mãe e já bem crescidinha para se deixar seduzir pela promessa de casamento sem planos de futuros. Não atribuo esse texto a A ou ao B. Atribuo a essa falta do debate que já deveria estar acontecendo em razão do adiantado debate eleitoral que se vê, ouvi e se sente.
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