É muito difícil de se ver, nos dias de hoje, políticos que colocam os partidos acima das personalidades dos partidárias ou personalidades política. As alianças parecem ser traçadas com pessoas e não com as instituições que elas representam. Rogério Lisboa foi eleito com o PT e o PCdoB na sua base, mas a sua relação se deu com as personalidades partidárias e não com as legendas partidárias, o que mesmo com a máquina nas mãos - e talvez até mesmo por isso - ele encontrará dificuldades de dialogar com os setores que foram simpáticos à sua primeira campanha, mas que logo depois se viram alijados da construção política da administração. Do núcleo pensante do governo, partidos não tiveram vozes e foram diluídos durante o processo administrativo. Um jeito de fazer política cujo resultado não dá muitas êxitos.
O PT foi um partido que ajudou o prefeito a chegar aonde chegou. Assim como o PCdoB, outra legenda que deu à candidatura de Rogério Lisboa um verniz de esquerda, agora já não visto no seu governo. Como disse, ele potencializou as relações pessoais e não as relações institucionais. Um modo de fazer política muito comum no passado e que ainda hoje encontra adeptos dela como o próprio Lisboa.
Ao se afastar de uma aliança com as representações da esquerda local, a guinada tenderia a ser para os partidos do centro-direita e da direita, isso se não fosse a vitória de Wilson Witzel (PSC) e o crescimento do Bornier com ele. Dessa forma, ao contrário de poder contar com o governo do Estado como um aliado, terá nele um adversário. E o tom disso já foi ouvido em recente fala do governador ao se referir ao Hospital da Posse.
Estamos distantes das convenções partidárias para definir os blocos que serão formados, mas a prévia sinaliza que o modelo adotado pelo Lisboa não lhe garantiu laços políticos-partidários. E mesmo com a máquina isso vai pesar nas frentes eleitorais.
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