Por enquanto as pré-candidaturas que estão surgindo no cenário não apontam vices. E dentro do quadro eleitoral que se desenha neste pleito, quando as alianças ocorrerão na majoritária e não nas proporcionais, esse papel passa a ter muita importância estratégica. Bem mais do que nas outras eleições, o vice nessa campanha terá um novo papel na captação dos votos. Acredito que pela forma como mudou a propaganda eleitoral, caberá também aos vices terem que ir a campo para conquistar votos o potencializar a imagem da chapa, usando também as redes sociais e sendo mais pró-ativo que o modelo dos vices de enfeite do passado. Um vice de enfeite ou só para cumprir acordo político não terá o mesmo peso nesta pleito caso não tenha uma uma capacidade de formular política independente das amarras do cabeça de chapa
Além da questão partidária, essa que já era natural, com a redução oficial do tempo de campanha, a inexistência de alianças nas proporcionais, o fenômeno das redes sociais e a possibilidade de em um governo o vice ser estratégico dentro de um setor ou área de seguimento, o novo companheiro de chapa majoritária terá que representar redutos eleitorais da periferia para serem instrumento de demarcação de espaço geográfico também. Ou seja: se o vice for oriundo de um bairro ou de um colégio eleitoral forte, óbvio que nessas regiões a capilaridade da campanha ganha mais entrada e dá ao ao candidato a prefeito o discurso de que os bairros periféricos terão representação. Imaginem a região de Miguel Couto, por exemplo, tendo alguém numa chapa majoritária. Sem dúvidas é uma demarcação de espaço eleitoral importante, desde que a imagem do vice esteja atrelada muito bem ao bairro. Citei Miguel Couto por ser um grande colégio eleitoral, mas poeria citar alguém também do corredor viário da estrada de Madureira ou até mesmo a região de Vila de Cava e Santa Rita e adjacências.
Além da "quebra" do poder político que gira em torno no Centro da cidade, colocar um vice da periferia sinaliza que a atenção do candidato estará voltado para o entorno do município. Dar voz aos bairros periféricos, através da representação de alguém em um chapa, muda a lógica e mostra que há espaço para as comunidades periféricas que viraram grandes centros e merecem uma representação que as reconheça dentro do eleitoral.
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