Conforme este Blog publicou, hoje é o último dia da licença do prefeito Rogério Lisboa (PR). Após a publicação da Portaria 253, datada de 25 de abril deste ano e que concedeu ao vice-prefeito Carlos Ferreira temporariamente as atribuições previstas na função do chefe do Poder Executivo, o prefeito eleito voltará ao exercício do seu mandato. Com este retorno imagina-se que ele poderá realizar algumas mudanças, mas que ainda não passam de especulações de bastidor.
No campo político eleitoral, antes do seu afastamento, o prefeito gozava da prerrogativa de poder disputar a reeleição e estava começando a ganhar as ruas realizando andanças nos bairros. Esse era um sinal de que ele vinha se aproximando do eleitorado e para se fortalecer e buscar seu segundo mandato.
Há quem espere que com essa volta o prefeito poderá implementar medidas que possam alterar o quadro administrativo. E se essas mudanças acontecerem o horizonte do que será a disputa eleitoral vai se abrir com mais clareza.
Hoje, no quadro de prefeitáveis, o próprio nome do prefeito não é visto como um concorrente dentro da própria base de aliados. Há muitas especulações dizendo que este ou aquele pode ser escolhido por Lisboa para representar o seu grupo político na sucessão municipal. Um dos citados é o deputado federal Juninho do Pneu (DEM), que não dá declarações neste sentido.
O deputado Dr. Luizinho (PP), que vinha deixando claro a sua parceria com o prefeito em declarações dadas à Imprensa, em especial a este Blog, reafirmava o seu interesse de candidatar-se, isso independente do quadro que se formar. Mas como política é de grupo, particularmente acredito que ele pode rever seu pesamento e adiar os seus planos. Pelo menos, isso ´o que eu imagino.
Por fora corre o pré-candidato Max Lemos, ele que está demonstrando na prática e nas andanças a sua intenção de firmar candidatura em Nova Iguaçu. E Max também se articula no sentido de ganhar apoio de outras legendas partidárias.
O PSL, partido do presidente Jair Bolsonaro, parece que não bateu o martelo e deixou claro quem será o seu representante. Uma indecisão que, no meu ponto de vista, mais atrapalha que ajuda a legenda a construir o seu bloco eleitoral, inclusive se terá como aliado o PSC, legenda do governador Wilson Witzel e que tem nas suas fileiras o pasor Otoni de Paula, deputado federal cuja algumas línguas afirmam que será candidato a prefeito em Nova Iguaçu.
O Partido dos Trabalhadores (PT), que apesar ter oferecido Carlos Ferreira como vice de Rogério Lisboa, ocasião em que Ferreira era da legenda, não é da base governista como dizem alguns dos seus militantes ativos. Pode se aliar a um outro bloco ou até mesmo lançar candidatura própria, como vem ensaiando o próprio PSB, hoje com o Luiz Novaes na presidência do partido, e que colocaram em prática um projeto de andar pelos bairros abrindo um diálogo sobre a construção de um plano de governo com os moradores da periferia.
O PPS, hoje denominado de Cidadania 23, é da base governista. O compromisso tem sido com o governo e caso a figura do prefeito Rogério Lisboa não seja a do candidato, creio deverá sentar para fechar questão sobre as alianças. O presidente municipal é o Miguel Ribeiro, que é o titular da FENIG. O próprio ex-PPS com um novo nome terá pela frente a responsabilidade de dar ao Cidadania 23 a imagem que representará o partido no município.
O PSDB, cujo responsável pela ordenação política local é o ex-presidente da Câmara, Maurílio Manteiga, não bateu definiu como irá caminhar e nem com quem. Imagino que o partido, se não lançar um cabeça-de-chapa, tentará buscar o espaço de vice com direito a protagonista. Mas é outra legenda que também aguarda as definições no âmbito estadual para se alinhar no campo municipal.
A volta do Rogério Lisboa, ele que é o detentor da caneta, com uma simples reforma no quadro de secretários municipais pode dar uma nova roupagem ao governo. Mas, com isso, é certo que terá perdas e ganhos. Só que do jeito que está há mais perdas do que ganhos.