Essa situação do prefeito Rogério Lisboa (DEM) ficar se esquivando de dar declarações sobre o seu futuro político, consequentemente, deixando as incertezas perturbarem e atrapalharem as organizações e planos dos seus aliados, pode é virar uma onda de revolta contra ele (Rogério), sobretudo se o mesmo decidir não concorrer e entregar de bandeja o seu apoio a alguém que não tenha a identidade com o seu grupo. A velha frase que diz que "o tratado não sai caro" é um exemplo do que falo. Nas ruas e nos corredores da Prefeitura de Nova Iguaçu a maioria aposta numa desistência de Lisboa em concorrer um segundo mandato. Não sou eu que falo isso. Até mesmo os aliados do governo admitem ser essa a hipótese como a mais provável. Mas não passa de hipótese, é claro. E é isso que está embaralhando muitas cabeças, permitindo especulações que amanhã podem se voltar contra o Lisboa.
Rogério neste momento está conseguindo fazer o mesmo papel que um adolescente indeciso às vésperas das inscrições para um vestibular. Não sabe que carreira a seguir e nem a que irá se inscrever. Ele pensa que Nova Iguaçu é uma ilha e que as pessoas que estão no seu governo não têm projetos pessoais que estão vinculados, em parte, a essa decisão. E se optar por não concorrer, mesmo que tentando transferir o seu capital eleitoral, que já é difícil em casos previamente pensados, será mais complicado ainda. Isso sem contar com o sentimento de desamparo que muitos já estão sentindo mesmo com ele no poder.
Por incrível que possa parecer, pessoas vinculadas ao prefeito fazem declarações de que ele não concorrerá e já atuam apostando as suas fichas em um ou outro aliado, criando uma perturbação mental coletiva na própria base. Um salve-se quem puder acontece sorrateiramente. Alguns querem buscar espaço na Câmara e já nem sabem quem pode ser o cabeça de chapa. Outros vão no apoio paralelo.
Vocês podem até discordar deste meu pensamento, mas Lisboa está parecendo aqueles bêbados - e disso eu conheço - que vai caminhando trocando as pernas e a plateia fazendo a aposta se ele chegará perto da porta de casa. Só os mais espertos apostam que ele chega, mas não conseguirá colocar a chave na fechadura para conseguir entrar sem a ajuda de outro. Óbvio que isso é uma comparação, mas absurdos assim acontecem, inclusive esse das indecisões na política cujo indeciso acaba ficando fora dela por opção dos outros.
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