sexta-feira, 22 de março de 2019

Não esqueça a Lei do Talião

Tentei de todas as formas entrevistar o prefeito Rogério Lisboa (DEM). Fiz contatos com as principais pessoas que ficam no entorno dele, inclusive com a principal que é a responsável pela Comunicação e que todos sabem ser a jornalista Mônica Ramos. Parece que a estratégia usada pela comunicação do prefeito é mantê-lo afastado dos jornais locais. Ok! O que lamento é que toda gestão passa e, assim sendo, ao se ver afastado da Prefeitura, Lisboa terá como legado uma crise com os veículos da imprensa local. Se ele hoje tripudia em não atender a imprensa da região, amanhã essa mesma mídia será aquela que o tratará como persona non grata. Se isso faz parte dos planos do prefeito e da sua estratégia de comunicação, nada posso fazer para demover esta ideia "chipada" no pensamento dele.
Rogério não percebe que as coisas passam e que o seu cargo é passageiro. Ele não consegue enxergar que essa relação que ele construiu com a Imprensa local o está afastando cada vez mais dela, mas no futuro isso pode ser usado como reverso nas relações. Ou melhor: o que ele faz com os jornais locais e com a Imprensa local ficará fincado na história dessa terra que é o nascedouro dele. Confesso que em sendo um homem público, no futuro, esse comportamento atual reverberará na sua própria consciência ao ter que admitir que errou no passado. E falo isso com a tranquilidade de quem muitas vezes o aconselhou e até emitiu opiniões para ele.
Rogério Lisboa já ultrapassou a barreira de 50% do seu mandato eletivo. Querendo ele conquistar outro ou não, toda a sua ação recairá no sua possível candidatura à reeleição ou até mesmo em seu aliado escolhido para disputar o cargo, se for o caso.
Reitero que não tenho nenhum problema com o prefeito e já fui pessoa que nutria por ele uma certa amizade, afinal foram tempos de convívio de respeito mútuo. Me surpreendo com ele nessa postura totalmente diferente do passado, e que hoje conseguiu transformar pessoas da sua própria relação pessoal em adversários potenciais, não só na política, mas nas relações humanas. Se essa atitude de manter-se afastado da Imprensa local é uma estratégia administrativa, tenham a certeza que no futuro o administrativo sai de campo e fica apenas o das relações pessoais. E é aí que Lisboa pode pagar um preço por seguir tão cegamente os caminhos que estão levando-o para decisões que não são tão banais e passageiras como ele pensa ser.
Lisboa, nesse momento, goza de um prestígio governamental que lhe será sacado quando for sacado do cargo. E a construção nas relações pessoais estarão deterioradas pela postura que hoje ele vem deixando carcomer. Alguém que atinge o patamar de prefeito e transgride nas relações humanas e pessoais do seu circulo passado terá a paga certa na chamada Lei do Talião. O hoje Lisboa imponente amanhã poderá ficar cabisbaixo. Tento de todas maneiras deixar isso claro para ele. O prefeito é dotado de pensamento crítico e o que me assusta é que este lado jamais poderia imaginaria que seria o lado que lhe tomasse a frente. Eu posso até relevar isso no passar do tempo. Mas será que os outros jornalistas e pessoas que trabalham com comunicação vão entender que essa é apenas uma estratégia que só via o presente e não o futuro?

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