terça-feira, 5 de março de 2019

Deixou a desejar

Tenho consciência de que os membros da secretaria municipal de Cultura tentaram fazer o melhor pela cidade no que diz respeito ao Carnaval. Disso não tenho dúvidas, afinal conheço cada um que lá está. Inclusive fiz elogios aqui e relação à equipe. Mas não podemos esconder o Sol com a peneira. O ato do Carnaval geralmente se inicia com a entrega da chave da cidade ao Rei Momo. Mas não sei se a cidade tem Rei Momo e, se tem, se essa solenidade se foi feita, inclusive com a escolha da Corte Momesca, nem no site da Prefeitura de Nova Iguaçu até o momento foi publicada. Isso me leva a crer que não teve e, se teve, não seria em uma quarta-feira de cinzas o dia ideal para se colocar essa entrega das chave no site, devidamente publicada. Mas, tudo bem! Se acham que a crítica está pesada, até aceito a dica. Só não aceito defender o indefensável no sentido de dizer que o Carnaval 2019 de Nova Iguaçu foi ou é uma festa como de outrora. Não! Não é. Disso todos podemos constatar, exceto se queremos ver apenas com os olhos benevolentes ao governo.
No Centro de Nova Iguaçu, por exemplo, a Rua Mal. Floriano Peixoto, aonde funcionava o desfile das escolas que imagino não ter acontecido (pelo menos não isso ocorreu em lugar nenhum que soube), de tão vazia que ela estava permitiu que um prédio fosse demolido tranquilamente em pleno sábado de Carnaval. Dividam? Vão ali ao lado da Galeria Veplan e constatem que justamente aonde as escolas se concentravam, num sábado de Carnaval, é que houve a demolição do prédio.
Reitero saber que a decisão de investir ou não na festa popular é cabível ao prefeito. Mas não há como dizer que ele não sabia que todo ano tem Carnaval e, como no ano passado, o próprio também não se mobilizou para a realização da festa. 
O Carnaval iguaçuano, indiscutivelmente, não se fez presente nas ruas do Centro de Nova Iguaçu, local que todas as linhas de ônibus têm alcance. Ao acontecer em uma parceria com o Shopping é legal e possível. Não vejo isso como um absurdo. O absurdo maior é o folião que mora no corredor viário que se estende pelo bairro da Posse em diante, ou de Miguel Couto em diante, ter que sofrer para chegar ao Shopping para brincar o Carnaval. Sei. Me dirão que lá nos bairros tem Carnaval. Direi que em alguns, não em todos, mas que o Centro sempre foi o local que recebeu foliões de todos os bairros da cidade. Um simples palanque no Centro poderia ter atendido muito mais pessoas que na suntuosa aglomeração comercial. Será que agora a Festa de Santo Antônio, a do Natal e outras também serão feitas lá, em parceria? Se pode uma, todas podem. 
Defender o governo é algo simples e até compreensível. Como compreensível é reconhecer que em Nova Iguaçu deixou a desejar no Carnaval de 2019.

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