As crises do governo de Jair Messias Bolsonaro acontecem em Brasília, mas ecoará pelo Brasil inteiro nas eleições municipais. Em Nova Iguaçu, cidade que Bolsonaro obteve 72,48% (291.887 votos) contra 110.820 (27,52%), o que pode acontecer é a fragilização da base dos candidatos cujas simpatias políticas são voltadas para o capitão. Enquanto isso, candidatos que têm boa relação com o João Dória (PSDB), um dos principais opositores ao presidente, podem ganhar um espaço. E esse é o caso do deputado Max Lemos, pré-candidato em Nova Iguaçu e que mantém uma boa relação com o Dória.
É claro que as eleições municipais têm as suas peculiaridades locais, mas elas podem espelhar um pouco do sentimento nacional que estiver sob a aura política do momento. Mas isso fortalece também as oposições, como o caso do PT, legenda que é a principal adversária do presidente no campo nacional.
O governador Wilson Witzel (PSC), outro forte adversário do presidente, é um personagem que terá importância nesse processo em Nova Iguaçu. No entanto, o distanciamento que o gestor vem mantendo da cidade acaba deixando fraca a sua presença política no debate local.
Já o prefeito Rogério Lisboa, ele que mantém uma aliança com o presidente do Congresso, Rodrigo Maia (DEM), deverá recorrer ao filho do César para trazer para o seu palanque.
É bom lembrar que Bolsonaro teve quase 3/4 dos votos válidos no segundo turno e, sim, e terá a sua parcela de influência. Mas volto a dizer: depende da sua popularidade e, principalmente, do candidato que vai colocar a mão e na condição que o seu governo estará. Tem muita crises por vir.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.