sábado, 25 de abril de 2020

Efeito cascata

As crises do governo de Jair Messias Bolsonaro acontecem em Brasília, mas ecoará pelo Brasil inteiro nas eleições municipais. Em Nova Iguaçu, cidade que Bolsonaro obteve 72,48% (291.887 votos) contra 110.820 (27,52%), o que pode acontecer é a fragilização da base dos candidatos cujas simpatias políticas são voltadas para o capitão. Enquanto isso, candidatos que têm boa relação com o João Dória (PSDB), um dos principais opositores ao presidente, podem ganhar um espaço. E esse é o caso do deputado Max Lemos, pré-candidato em Nova Iguaçu e que mantém uma boa relação com o Dória.
É claro que as eleições municipais têm as suas peculiaridades locais, mas elas podem espelhar um pouco do sentimento nacional que estiver sob a aura política do momento. Mas isso fortalece também as oposições, como o caso do PT, legenda que é a principal adversária do presidente no campo nacional.
O governador Wilson Witzel (PSC), outro forte adversário do presidente, é um personagem que terá importância nesse processo em Nova Iguaçu. No entanto, o distanciamento que o gestor vem mantendo da cidade acaba deixando fraca a sua presença política no debate local.
Já o prefeito Rogério Lisboa, ele que mantém uma aliança com o presidente do Congresso, Rodrigo Maia (DEM), deverá recorrer ao filho do César para trazer para o seu palanque. 
É bom lembrar que Bolsonaro teve quase 3/4 dos votos válidos no segundo turno e, sim, e terá a sua parcela de influência. Mas volto a dizer: depende da sua popularidade e, principalmente, do candidato que vai colocar a mão e na condição que o seu governo estará. Tem muita crises por vir.   

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