Quando forças se unem para o desenvolvimento sustentável o resultado é a preservação do planeta e a oportunidade de empreender e criar sustento para as famílias. Uma capacitação inédita no Estado do Rio ensinará como transformar a massa celulósica proveniente da reciclagem de bitucas de cigarros coletadas na cidade de Nova Iguaçu em papel artesanal. A capacitação será ministrada para integrantes do Programa Municipal de Artesanato da Prefeitura de Nova Iguaçu e professores da Secretaria Municipal de Educação, através da Fundação Educacional e Cultural de Nova Iguaçu, a Fenig, em parceria com a Emlurb, Empresa Municipal de Limpeza Urbana e a empresa paulista Poiato Recicla. Um grande exemplo dessas conquistas você terá a oportunidade de conhecer nesta quarta-feira (7), às 10h, no Patronato, na rua Governador Portela, 382, no Centro de Nova Iguaçu.
Milhares de bitucas de cigarro descartadas nas ruas indevidamente causam danos ao meio ambiente e podem provocar incêndios. Para dar um destino produtivo a esse resíduo tóxico, formado por papel, filtro de acetato de celulose, cinzas e restos de tabaco, a Prefeitura de Nova Iguaçu fez em 2019 uma parceria com a empresa Poiato Recicla para transformar esse lixo em matéria-prima para artesãos e secretarias municipais.
A Empresa Municipal de Limpeza Urbana de Nova Iguaçu, responsável por esse programa, coletou e reciclou milhares de bitucas de cigarros no município. A Emlurb instalou 50 coletores na cidade, principalmente em pontos de grande circulação, como o Calçadão, a Praça Rui Barbosa e a Rua Getúlio Vargas, no Centro. A massa reciclada será repassada a órgãos da Prefeitura como a Fenig e a secretaria municipal de Educação.
“Mostrar através do artesanato que o lixo pode ser reaproveitado é uma ação muito importante para o nosso futuro. O Prefeito Rogério Lisboa abraçou essa causa no nosso município e nós estamos empenhados nessa iniciativa de qualidade de vida e desenvolvimento sustentável”, afirma o presidente da Fenig, Miguel Ribeiro. A oficina de confecção de cadernos em papel artesanal reciclado, mostra a importância de criar um produto com qualidade e arte a partir do lixo, no caso, as bitucas, resíduo mais comum encontrado no meio ambiente. Além de tóxica, a bituca de cigarro pode levar até 15 anos para se decompor. A partir do material, que pode ser tingido, não tem cheiro e não contamina, podem ser criados diversos produtos.
“Nova Iguaçu foi a primeira cidade no Estado do Rio de Janeiro a implementar esse trabalho de gestão de resíduo de cigarro, no setor público, associado a um plano de mobilização e conscientização dos malefícios do fumo. A ação desta quarta-feira será a primeira oficina de artes com esse material reciclado, não só no município de Nova Iguaçu, como no Estado do Rio”, destacou Marcos Poiato, empreendedor social e proprietário da primeira Usina de Reciclagem de Guimbas, a Poiato Recicla, que hoje é referência mundial para processamento de resíduos de cigarros, utilizando tecnologia 100% nacional da Universidade Federal de Brasília (UNB).
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.