Nova Iguaçu pode ficar sem reserva prudente

Os vereadores Drº Cacau (PROS), Marcelo Lajes (PPS), a vereadora Renata da Telmensagem (PTC) e o Paulinho da Padaria (PR) votaram contra o empréstimo de R$ 140 milhões contraído pela Prefeitura de Nova Iguaçu junto Caixa Econômica Federal, dentro do Finasa, este que é um programa de Financiamento à Infraestrutura e ao Sanamento. E de certa forma eles, que são oposição ao governo, fizeram o certo. E vou dizer os motivos. 

Primeiro, o mais sugerido para se contrair um empréstimo dessa natureza e que poderá comprometer a capacidade e investimentos no futuro, deveria - não é obrigatório - passar por uma audiência pública com o amplo debate sobre os benefícios e o que pode resultar um empréstimo dessa natureza. 

Segundo, não foi apresentada claramente à população onde, de que forma e de que maneira serão aplicados esses recursos. 

Em terceiro, para justificar o empréstimo, seria importante saber da saúde financeira da Prefeitura .

Em quarto, há uma dívida que a Prefeitura possui com muitos comissionados da gestão anterior e, neste caso, uma determinação judicial obrigando o efetivo pagamento dessa dívida com os comissionados afetará gravemente os cofres, exceto se há um fundo de reserva feita para o cumprimento de uma decisão judicial assim.

Em quarto, é óbvio que todos querem ver Nova Iguaçu crescer. Mas o que pesa é a forma como esse crescimento deve ocorrer. Com empréstimos e antecipações, o comprometimento pode fazer a cidade estagnar por um bom período, bem como a capacidade de investimentos, tudo pela simples razão da antecipação e comprometimentos das verbas de repasses. O empréstimo tem que ser pautado na visão do desenvolvimento e não no pragmático olhar eleitoral, que é o caso que parece ser. 

Espero que nenhum fato como uma catástrofe ou outra situação ocorra na cidade, nesse período, requerendo dos cofres municipais uma saúde financeira apta a enfrentar sinistros, estes que sempre estão a espera de uma reserva financeira prudente.