domingo, 7 de julho de 2019

O que vejo no momento

As pessoas que estão articulando política para o Rogério Lisboa não ultrapassam poucos centímetros dos raios dos seus próprios umbigos. Há outras que também fazem parte do seu grupo, mas que não abrem visões direcionadas aos olhares mais amplos e miram nos seus interesses de crescimentos individuais e não de grupo. Foi assim no início e persiste ainda neste meio pro fim. Há aqueles que vindos de fora da cidade, apesar de ocuparem cargos de destaque e estratégicos na estrutura da administração, sequer têm vínculos locais capazes de colocá-los como interlocutores do prefeito. Tenho dito isto desde quando o prefeito anda não tinha passado por sua crise na Câmara. 
Para piorar: se aqueles que tentarem tiveram a oportunidade de erem os canais de comunicação do prefeito e não foram, se fizerem agora (após mais de dois anos e meio no poder) serão vistos como defensores apenas dos seus status e não do fortalecimento de uma política de grupo. Isso é uma coisa que vem tirando do prefeito Rogério Lisboa a própria capacidade que teve de, quando candidato, agregar forças no seu leque de alianças. E mais: Hoje, com a mesma velocidade da ascensão, Lisboa vem se distanciando do seu sonhos. Um exemplo que posso explicar melhor é esse: Hoje tem menos mãos a bater palmas do que as que se prepararam para dar um adeus, foi bom e até breve. 
Por outro lado, um dos que se apresentam como aquele que pode ser um dos seus maiores adversários, o deputado estadual Max Lemos (PDT), está buscando diálogos com todos os setores, porém dando ênfase no olhar de um bloco de centro-esquerda, mas amplo amplo. Com isso ganha cada vez mais capilaridade em determinados espaços que Lisboa já esteve mas deixou de manter laços.
O prefeito provavelmente dever estar muito ocupado para fazer política, como devem alegar alguns dos seus aliados. E esse discurso não justifica, mas reforça a condição de que Lisboa deverá permanecer fazendo política apenas na sua própria área de conforto.
O surgimento de mais uma pré-candidatura forte, ainda mais se viver de uma base através de alguma pessoa que se relacionou com a administração do prefeito, poderá fazer aquilo que Rogério Lisboa está temendo. Se Sheila Gama e Bornier perderam no segundo turno e Lisboa não conseguir sequer ir para um segundo turno por culpa de um desempenho pior que seus antecessores, viverá um ostracismo e a culpabilidade que ele sozinho vai assumir, e não esses que por ele foram escolhidos para ser os seus canais de interfaces para as alianças.

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