“Sempre gostei de pesquisar. Comecei com as letras de músicas. Depois, a “colecionar” palavras de todas as áreas, incluindo História e Biologia. Em 2008, como professor de redação, fiz o meu primeiro vocabulário que depois virou o “Dicionário de Catacrese”, publicado também em Portugal. Em 2002, quando eu estudava piano, fiz um dicionário de música, mas ele se perdeu numa enchente e eu não tinha computador”, lembra o dicionarista Wagner Azevedo, sobre sua curiosidade com as palavras que ele transformou em estudos valiosos da Língua Portuguesa. Agora, ele lança “Dicionário de vocábulos populares”, na Sala de Leitura Fenig, no terceiro piso do TopShopping, no Centro de Nova Iguaçu, nesta sexta-feira (11), às 14h. A ação faz parte do Programa Municipal de Incentivo à Leitura e à Escrita, Livros para Voar, da Prefeitura de Nova Iguaçu, através da Fundação Educacional e Cultural de Nova Iguaçu (Fenig), com apoio da Secretaria Municipal de Cultura.
“Os primeiros textos que pesquisei foram letras de Toquinho e Vinícius de Moraes, com suas músicas para crianças. Eu pesquisei para o meu “Dicionário de Onomatopeias e Vocábulos Expressivos”. Depois, na literatura, Guimarães Rosa e Lima Barreto, gibis e artigos acadêmicos, autores e estilos que mais me inspiraram. Tenho aprendido muito. Já estou no meu 10º dicionário publicado. Exceto o “Dicionário de Vozes de Animais: Interativo”, que é um dicionário para as crianças, todos os meus dicionários vêm com o corpus (fonte do registro) textos das literaturas brasileira e portuguesa, letras da MPB, gibis, artigos acadêmicos. Todo tipo de registro é importante”, destaca o dicionarista.
“Em “Dicionário de Vocábulos Populares”, apresento vários vocábulos que estão da Língua Portuguesa no Brasil como forma de divulgar toda nossa riqueza vocabular com exemplos nos textos da literatura brasileira e portuguesa, nas letras da nossa Música Popular Brasileira, nos gibis e com isso pretendo facilitar também aos estrangeiros o entendimento do nosso maravilhoso idioma”, afirma Wagner Azevedo.
O dicionarista destaca que a ação Livros para Voar é muito importante porque dá projeção ao trabalho dos escritores de Nova Iguaçu e da Baixada Fluminense. Além da Tarde de Autógrafos, a ação “Livros para Voar”, da Fenig, recebe doações de livros, faz as publicações circularem pela cidade e fortalece os autores e a produção literária de Nova Iguaçu e da Baixada. A ação é dedicada aos romances de ficção e não ficção, poesias, biografias e estilos literários diversos. A ideia é a democratização de leitura que amplia o conhecimento. São 11 totens com as caixas do projeto para receber doações de livros e para que qualquer pessoa possa pegar uma publicação gratuitamente para desfrutar da leitura. As caixas estão na sede da Fenig (rua Governador Portela, 812, no Centro de Nova Iguaçu); na Sala de Leitura Fenig no TopShopping; Prefeitura de Nova Iguaçu; Hospital Geral de Nova Iguaçu, na Posse; Igreja Santo Antônio da Prata; Igreja São Miguel Arcanjo, em Miguel Couto; OAB Nova Iguaçu; Casa de Cultura; Casa do Professor; Cefet-NI; e Loja Caçula Nova Iguaçu.
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