quinta-feira, 3 de fevereiro de 2022

ALERJ RECEBE FAMILIARES DO CONGOLÊS MOÏSE KABAGAMBE


O presidente André Ceciliano conversou com os parentes

    A Comissão de Direitos Humanos e o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), deputado André Ceciliano (PT), receberam nesta quinta-feira (03/02) os familiares do congolês Moïse Kabagambe, assassinado em frente a um quiosque, na Barra da Tijuca, no último dia 24/01. A comissão, juntamente com a OAB/RJ, irá acompanhar as investigações sobre o caso. O órgão também ofereceu apoio psicológico aos familiares de Moïse e discutiu medidas de segurança que poderão ser adotadas pelos parentes do congolês.
    "Oferecemos apoio à saúde mental da família de Moïse, além do acompanhamento do inquérito. A família se sente exposta e vulnerabilizada com tudo e teme pelo seu futuro e segurança. Por isso, o nosso atendimento aqui foi priorizar e reforçar a segurança da família, para que independentemente da decisão que eles tomem de ficar no Brasil ou não, que essa decisão seja pautada na segurança", disse a presidente da Comissão, deputada Dani Monteiro (Psol).
    "Eu me sinto feliz por ter sido recebida pela comissão da Alerj e também pela OAB, que ouviram as minhas dores. E agradeço à imprensa por ter mostrado toda a verdade", disse a mãe de Moïse, Ivana Lay.
    O irmão do congolês, Djodjo Baraka Karagambe, pediu justiça: "Esperamos que as pessoas que fizeram isso com ele paguem. Queremos justiça".

Participaram também do encontro o deputado estadual Márcio Pacheco (PSC) e o deputado federal Marcelo Freixo (PSB).

Moção de Repúdio

    A Alerj publicou nesta quinta-feira (03/02), no Diário Oficial do Poder Legislativo, uma moção de repúdio ao assassinato de Moïse. A moção proposta pela deputada Renata Souza (Psol) e endossada pelos deputados inclui um pedido de urgência na investigação do crime.
    "Essa moção é uma forma de pressão, de demonstrar que essa investigação será acompanhada de perto por nós e será exigido rigor máximo na identificação de todos os envolvidos e das circunstâncias em que Moïse foi assassinado, para que se faça justiça. Não pode haver tolerância com o racismo e a xenofobia", disse a deputada.
    No primeiro dia do ano legislativo, terça-feira (01/02), a Alerj também fez um minuto de silêncio em memória do congolês, seguido de várias manifestações de protestos por parte dos deputados que participaram da sessão virtual.
    O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios da capital. O Ministério Público do Trabalho também abriu inquérito para apurar esse crime.

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