Por Claudia Maria
Em 30 anos de profissão como jornalista já vi muita coisa mas o que aconteceu hoje foi diferente de tudo que vivenciei como profissional e como cidadã. Fui destratada pelo diretor do Hospital da Posse, dr Joé. Minha tia está na unidade com suspeita de tuberculose, esperando medicação desde as 14h. Liguei para ele e pedi que pudesse ajudar. Me respondeu dizendo que eu estava pedindo uma ilegalidade, para ela furar fila, “que se eu não entendia de lei deveria procurar um advogado” e que “se não estivesse satisfeita que “procurasse outra unidade”. Então pedir atendimento para uma idosa de 78 anos numa unidade pública é ilegal?
Tudo começou ontem, dia 23 de junho, minha tia apresentou muita falta de ar. Fomos até a UPA
de Comendador Soares onde o médico, depois de fazer um raio x, nos orientou a
ir até o Hospital da Posse já que o caso dela era grave. Poderia ser
tuberculose.
Chegamos ao Hospital por volta das 15h. Ela foi rapidamente
atendida e a médica de plantão pediu uma tomografia do pulmão. A unidade estava
lotada e ai demorou. Ela só fez o exame depois das dezenove horas. Foi quando
começaram os problemas. O plantão mudou, a médica que assumiu disse que não
podia interpretar o exame sem o radiologista e ele foi embora as dezenove
horas. Minhas irmãs então começaram a andar pelo hospital pedindo para alguém
ajudar.
Nessa altura ela já estava toda urinada e com muitas dores
porque é acamada e não consegue ficar muito tempo sentada. Só por volta das 22h
um médico encontrou a tomografia e disse
que ela realmente precisava de internação. Minha irmã assinou a papelada. Mas
depois dissseram para ela que minha tia ficaria em uma cadeira até que se
conseguisse uma maca. Sem previsão. Nesse momento resolvemos levá-la para casa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.