Por Claudia Maria
Agradeço a todos que curtiram e compartilharam meu texto
sobre a má conduta do dr. Joé. Hoje estive na Câmara de Vereadores onde
protocolei uma denúncia na Comissão de Saúde. Também estive no Conselho de
Saúde onde fiz a mesma coisa. Minha tia está melhor mas ainda não sabem o que
ela tem. Continua internada e sendo bem tratada, como deve ser.
Quero deixar claro que minha reclamação não é porque ela
estava no corredor mas sim porque ficou quase 10 horas sem medicação. No
entanto, quero levantar aqui uma questão. Alguns médicos e alguns profissionais
tratam os pacientes da Posse como se estivessem fazendo um favor e os pacientes
como se estivessem recebendo um favor.
Não temos que aceitar a falta de estrutura como normal. A
falta de estrutura é um problema que precisa ser resolvido pelas autoridades e
os pacientes tem nada com isso. O atendimento ruim não pode ser justificado
pela falta de estrutura. Os profissionais precisam fazer de tudo para que o
caos atrapalhe o menos possível e os pacientes não podem ser tão prejudicados.
“A senhora precisa ter paciência”. “Muita gente para fazer a
tomografia. Precisa esperar”. “Se a enfermagem não deu a medicação não é
problema meu, fiz a minha parte”. “O radiologista só vem amanhã. Tem que
esperar”. “Atendo milhares de pessoas por dia. A senhora precisa entender”. “Por
que a senhora mesmo não vai procurar uma
maca?”
Essas são algumas das frases que ouvimos durante as 11 horas
de espera. Essa é a normalização do anormal. Repito, o paciente não tem culpa
do caos. E enquanto o caos é inevitável os profissionais precisam “ter
paciência”, “procurar pelas macas”. “Se responsabilizar pela medicação”. Mas
para que isso aconteça é preciso uma chefia presente. Alguém que organize o
caos, que não abandone paciente nem profissional. E esse homem na Posse é o dr.
Joé.
Mas antes de fazer tudo isso ele precisa se humanizar. Talvez tanto tempo no cargo tenha provocado nele uma falta de sensibilidade que o faz confundir Ilegalidade com humanidade.
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